A direção do Sintepe realizou na noite desta quinta-feira (7) uma reunião com professores e professoras da educação especial da rede estadual. No encontro participaram: professores intérpretes de libras, brailistas, instrutores surdos e ouvintes, professores de AEE (Atendimento Educacional Especializado) e CAEE (Centro de Atendimento Educacional Especializado) e profissionais de apoio escolar.
O intuito da reunião foi discutir com o Sintepe o cotidiano escolar dos professores de educação especial para montagem de uma pauta de reivindicação que será apresentada ao governo pelo Sintepe.
Diante da experiência com o grupo de trabalho dos CAEEs mediado pelo Sintepe que trouxe frutos e propositivas de grande repercussão até regimental para os locais de trabalhos, ter a primeira reunião com os/as trabalhadores/as da educação inclusiva é um marco histórico para o segmento e para o sindicato. Momento de levantamento dos problemas, dificuldades e necessidades dos profissionais e dos estudantes para se realizar uma educação inclusiva.
Também foram apresentadas demandas específicas do setor para as quais foi pedido olhar especial do Sintepe. Entre as demandas foram solicitadas: mais concursos públicos, gratificação de localização especial – que atualmente não é exercido – e a mudança para as readequações das salas de educação inclusivas.
Além das questões apresentadas outras problemáticas citadas pelos/as trabalhadores/as presentes na reunião foram:
Durante a reunião também aconteceu a filiação de professores e professoras ao Sintepe, depositando sua confiança na luta da instituição.
A presidenta Ivete Caetano agradeceu a confiança. “Temos clareza de que a luta é coletiva e inclusiva. Todos os direitos que se consolidaram ou que faltam se consolidarem será com muitas batalhas. O sindicato representa a força desse coletivo.”
Para Ivete, todos/as presentes são militantes da inclusão social e escolar, e ao analisar a proposta atual do estado fica nítido que a política educacional estadual traz exclusão para estudantes com deficiência e segregação para os/as trabalhadores/as da inclusão.
A direção do Sindicato também avalia como um elemento negativo o fato do sistema do Programa Professor Conectado não tinha acessibilidade necessária para a utilização pelos servidores/as com deficiência.
Magna Katariny, da Secretaria de Comunicação, falou sobre a importância do encontro. “A educação inclusiva representa a garantia do direito à educação dos estudantes com deficiência, representando 15% desse segmento e que não podemos deixar de ter um olhar equitativo para os/as trabalhadores/as que constroem cotidianamente no local de trabalho a acessibilidade e inclusão dos estudantes. O Sintepe assume a postura de um sindicato cidadão e inclusivo, na luta por uma sociedade anticapacitista”, avaliou.
Marília Cibelli da Secretaria para Assuntos Educacionais explicou a importância da reunião em escutar os profissionais e trazer a vivência para uma maior compreensão do trabalho realizado. “Esses profissionais muitas vezes contam com pouco apoio, tanto por parte do poder público quanto por parte da gestão, já que muitas vezes eles são renegados a salas afastadas do próprio núcleo escolar, e muitos afirmam trabalhar em salas que são utilizadas como depósito. Então precisamos da transformação desses espaços que precisam se tornar cada vez mais inclusiva e cada vez mais solidária e acolhedora, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva, exaltando a qualidade desses profissionais”.
Da direção do Sintepe, estiveram na reunião a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, Marília Cibelli, Magna Katariny, Cíntia Sales e Yara Manolaque, Juliana Tenório, Séphora Freitas e Andréa Batista, além da setorial Valéria Pereira.
Encaminhamentos:
- Criação de um Grupo de Trabalho, para discussões sobre as atribuições e funções dos profissionais da educação inclusiva na perspectiva de salvaguardar as alterações do PCCVR;
- Construção de uma Carta aberta dos trabalhadores da educação Inclusiva
- Levantamento das estruturas e recursos da Educação Inclusiva
- Concurso público (2021) – cargos dentro da docência.
- Plenária com os profissionais da educação inclusiva lotados no interior do estado. Dia 28 de abril às 19h, no formato on-line.