Por CNTE em 29 de junho de 2021
De acordo com o Boletim Emprego em Pauta – nº 21 – do Dieese, número de desligamentos por morte na educação mais do que dobra no início de 2021. Segundo o levantamento, o número de contratos de trabalho extintos por morte na área da educação cresceu 128% nos primeiros quatro meses de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020. Foram 1.479 desligamentos por morte entre janeiro e abril de 2021. O aumento no número de desligamentos por morte entre os trabalhadores da educação foi mais acentuado nos três estados com as maiores taxas de mortalidade por covid-19:Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
Nos primeiros quatro meses de 2021, a quantidade de desligamentos de trabalhadores/as por morte no Brasil aumentou 89%, saindo de 18.580 para 35.125. Na educação, esse número mais do que dobrou. O setor foi o quarto com o maior registro de contratos formais extintos devido ao falecimento de trabalhadores/as.
Entre janeiro e abril de 2021, foram encerrados, devido à morte de trabalhadores/as, 1.479 vínculos de emprego na área. O crescimento foi de 128% em relação ao mesmo período de 2020. O setor respondeu por 4,2% dos desligamentos por esse motivo no país.
Entre as diferentes ocupações do setor, os profissionais do ensino (professores/as e coordenadores/as, entre outros) foram os que mais tiveram vínculos encerrados por morte: 612, em 2021. Os trabalhadores/as dos serviços – que apoiam as atividades dos/as professores/as – formaram o segundo subgrupo mais afetado, com 263 desligamentos por morte. Pertencem a esse grupo faxineiros/as, porteiros/as, zeladores/as e cozinheiros/as.
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(Dieese, 29/06/2021)