O modelo de gestão gerencial aplicado em Pernambuco pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), pelos Institutos de Desenvolvimento Gerencial (INDG) e de Co-responsabilidade Empresarial (ICE), foi reprovado pelo 11º ano consecutivo.
As compras de programas para educação aos empresários do Sudeste do País, iniciada no Governo Jarbas Vasconcelos e continuada nos Governos de Mendonça Filho e Eduardo Campos, prejudicam a população pernambucana. Numa escala de 0 a 10, a educação básica em nosso Estado, no ano de 2009, ficou com a nota média de 3,33. Como a média de aprovação na rede são seis, sofremos com mais um ano de reprovação.
Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) comprova que Estado é mais eficiente e produtivo do que iniciativa privada. O Professor Márcio Pochmann, presidente do IPEA, afirmou que “as administrações estaduais que adotaram medidas de choque de gestão não constam entre aquelas com melhor desempenho na produtividade”.
Os estudos do IPEA só confirmam o que a direção do SINTEPE denuncia há anos. As constantes reclamações da categoria sobre a forma de condução das Políticas Educacionais no Estado, foi o nosso termômetro e a base das nossas críticas. Esta aí, mais uma vez notas baixas nos indicadores de avaliação da Educação Básica em Pernambuco.
É possível corrigir os rumos? Temos condições de melhorar a educação em nosso Estado? SIM. E podemos começar imediatamente. Basta que o governo passe a respeitar e ouvir os interlocutores locais que têm plenas condições de fazer com que Pernambuco volte a ser referência nacional na elaboração, aplicação, acompanhamento e avaliação das Políticas Educacionais.
É preciso voltar atenção e o diálogo com as Universidades Federais, com o Sindicato, com a Campanha Nacional pelo Direito a Educação, com o Movimento Estudantil, com Associação das Mães e Pais dos nossos estudantes, com as entidades organizadas que discutem educação.
Fortalecer a Gestão Democrática é outra medida importante para corrigirmos os rumos. Investido na implantação e formação continuada dos Conselhos Escolares; estimular a criação dos grêmios estudantis; incentivar a participação de toda comunidade escolar na elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola; promover as eleições diretas para direção escolar (sem seleção prévia ou lista tríplice) e cumprir as normas estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação.
Chega de comprar pacotes prontos dos empresários. O Governo deve confiar mais no seu povo. Acreditar que é possível elaborar bons programas com as pratas da casa. Só assim conseguiremos sair do patamar de contínua reprovação para um cenário de valorização, respeito e qualidade da Educação Básica Pública em Pernambuco.
Heleno Araújo Filho
Presidente do SINTEPE
Secretário de Assuntos Educacionais da CNTE
SINDICATO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS EM EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO
Fundado em 26 de março de 1990
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