Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Grupos de trabalho definem propostas para o II Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano

No segundo e último dia do Encontro da Rede de Trabalhadoras da Educação, nesta quarta-feira (18), as educadoras participantes se reuniram em grupos de trabalho para definir os eixos das propostas.
A propostas serão debatidas no II Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, que começou quinta-feira (19).
Fátima Silva, vice-presidente da IEAL e secretária de relações internacionais da CNTE, abriu o dia falando do simbolismo do evento ser realizado em Recife e na região nordeste que foi palco de várias revoluções e acontecimentos importantes na história do Brasil, como a guerra de Canudos, o grupo ativista de Maria Bonita e Lampião, que tratava as mulheres com igualdade perante os homens e de Zumbi dos Palmares, ícone da resistência negra.

Haldis Holst, secretária-adjunta da Internacional da Educação alertou os participantes que “nós não temos que falar apenas sobre a educação pública, temos que dizer o que queremos da educação pública.”

Ela disse que se a educação não chega ao indígena ou aos filhos dos camponeses, a educação não está funcionando como deveria. “A educação pública deve ser para todos, um setor não pode ficar fora”, disse Holst.

“Na Noruega, que é o meu país, celebramos em 2013 os 100 anos que as mulheres conquistaram o direito ao voto. Além da democracia, precisamos educar continuamente o povo, deixando uma herança para nossos filhos, netos e para todos. Apoiar permanentemente os sindicatos, construindo uma rede de comunicação e debate em todo o mundo é fundamental neste processo”, afirmou Haldis.

Na solenidade, a mesa lembrou o “Gender equality action plan” (ou, em português, Plano de Ação para a Igualdade de Gênero), um guia da IEAL para os sindicatos afiliados no debate da questão. O guia lembra que, entre os principais problemas enfrentados pelas mulheres, que dois terços das 774 milhões de pessoas no mundo que não sabem ler são mulheres e que 70% das pessoas mais pobres do planeta também são mulheres. Acesse aqui a versão em inglês.

Hugo Yasky, presidente da IEAL, afirmou que é muito importante seguir consolidando o espaço da Rede de Mulheres de Trabalhadoras da América Latina. “O protagonismo alcançado pelas trabalhadoras foi uma parte importante das mudanças que tivemos na América Latina nos últimos anos, estamos convencidos que a participação das trabalhadoras é imprescindível para a construção de uma educação pública de qualidade e que ofereça uma formação completa aos alunos”.

Para Stella Maldonado, membro do comitê executivo mundial para a América Latina, o movimento é um processo social de construção permanente. “Necessitamos da participação efetiva nos centros de decisão e o mundo sindical precisa provocar o debate nas organizações”, lembrou.

Confira os grupos de trabalho estabelecidos para II Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano:

Grupo 1: movimento pedagógico latino-americano: características e perspectivas
Grupo 2: educação pública e justiça social
Grupo 3: o papel do estado na garantia do direito social a uma educação pública com qualidade integral e sua provisão
Grupo 4: qualidade da educação e avaliação do processo educativo
Grupo 5: gestão democrática
Grupo 6: currículo
Grupo 7: democratização, acesso e permanência
Grupo 8: formação e valorização das trabalhadoras e trabalhadores da educação
Grupo 9: financiamento da educação e controle social
Grupo 10: educação superior

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