O Sintepe participou da marcha política e cultural nesta sexta-feira (15) na abertura da segunda edição da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape 2022), que acontece em Natal (RN), com a animação da Batucada do Sintepe e da orquestra de frevo Backstage, de Olinda. A categoria caminhou quase cinco quilômetros pelo centro da capital do Rio Grande do Norte com palavras de ordem em defesa de uma educação pública, de qualidade, democrática e laica.
A delegação do Sintepe é composta de cerca de 85 delegados, composta por diretores, representantes setoriais e filiados ao Sindicato, desses, dez também apresentaram trabalhos científicos durante a Conape 2022. O Sintepe foi uma das uma das instituições de Pernambuco que apoiou e participou da realização da etapa estadual nos meses de abril e maio deste ano.
Apresentaram trabalhos a presidenta Ivete Caetano e os/as diretores/as Marília Cibelli, Cíntia Sales, Julliana Tenório, Yara Manolaque, Yanna da Rocha, Magna Katariny, Séphora Freitas, Jerônimo Adelino e Maria José (Li).
Ivete falou da importância do evento e a delegação pernambucana no evento. “Estamos aqui com o compromisso de reconstruir o Brasil com o direito à democracia, o direito à educação como direito humano para às nossas crianças e toda sociedade”.
Organizada pelo Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE), a II Conape tem como lema “Educação pública e popular se constrói com democracia e participação social: nenhum direito a menos e em defesa do legado de Paulo Freire”. Entre os temas que serão discutidos no evento está a educação pública, popular e gratuita e uma profunda reflexão sobre qual projeto de nação e projeto de educação que o país precisa.
O presidente interino da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Roberto Leão, defendeu uma educação inclusiva na quais questões raciais e de gênero têm que ser tratadas nas escolas e afirmou que essa grande passeata, que abre a conferência, é a prova que o povo brasileiro é capaz de organizar de maneira autônoma e independente o debate sobre um tema tão caro para toda sociedade.
“Este ato é resultado do esforço coletivo, de todos e todas que se interessam em discutir educação no nosso país, porque sabe que é fundamental para ter um país alegre e justo. Tenho certeza que vamos fazer grandes discussões sobre a escola pública que queremos na Conape e para que o sonho de Paulo freire se torne realidade: uma escola que liberte e não adestre”, afirmou Leão.
As (os) participantes da Conape se concentraram em frente ao Campus Natal-Central do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), no cruzamento das avenidas Salgado Filho e Nevaldo Rocha, e finalizaram depois de quase 5 km de caminhada, no ato político e cultural na Praça da Árvore, em Mirassol.
A secretária de combate ao racismo da CNTE, Ieda Leal, afirma que hoje os/as trabalhadores/as da educação estão mostrando para o povo brasileiro o quanto a educação e demais categorias têm força para lutar pela educação.
“Nós queremos nosso país de volta. Estamos aqui para trabalhar por uma educação pública de qualidade e a II Conape chega no momento importante para gente melhorar os rumos e os caminhos que a educação pública desse país tem que tomar. Temos aqui homens e mulheres, população LGBT, estudantes e defensores da educação para gente dizer que nós vamos nos organizar e lutar por uma educação para todas e todos”, disse ela, durante a marcha.
Pela manhã, a categoria fez credenciamento e conheceu o espaço da Conape, o Centro de Convenções. A partir de amanhã (16) começam os debates e atividades em torno da educação para todas e todos. O encontro, que encerra no domingo (17), também vai deliberar um documento final e moções e uma Carta-Manifesto da II Conape. Veja a programação completa aqui.
Marta Vanelli, secretária de formação da CNTE, reafirma os compromissos com a educação básica de qualidade. “Essa conferência popular, bancada pelas entidades da sociedade civil, tem uma importância muito grande e esperamos que a partir do próximo ano a gente recomece a construir as políticas públicas para melhorar a educação do nosso país”.