Do CNTE
Em greve desde o ultimo dia 07 de março, as professoras e professores da rede municipal de ensino de Recife, representados pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife – SIMPERE, decidiram que somente a luta e mobilização da categoria garantirão o pagamento do reajuste do seu piso salarial. Previsto e indicado em lei federal, o reajuste do piso nacional do magistério público ficou estabelecido em 33,23% para o ano de 2022.
O prefeito de Recife João Campos (PSB) chegou a se negar a conversar com o sindicato e os/as trabalhadores/as para negociar, recuando só depois de a Justiça ter declarado que a greve é, sim, legal. Os/as professores/as da capital pernambucana só exigem o devido cumprimento da lei e se o prefeito realmente valoriza a educação, o seu governo não pode se furtar a fazer o pagamento do piso.
A proposta apresentada pelo governo municipal comandado pelo prefeito João Campos não contemplou sequer um terço do valor legalmente devido aos/às profissionais do magistério do município. Como dizer em campanha ou em atos públicos que é favorável à valorização profissional dos/as professores/as se o prefeito se nega a pagar a eles/as o que lhes é devido?
O piso salarial é direito dos/as trabalhadores/as do magistério do Recife e disso não vamos abrir mão. O prejuízo a mais de 95 mil estudantes de 325 escolas e creches da cidade será cobrado a quem de direito. Pague o piso, prefeito João Campos! A educação conta com sua sensibilidade para pôr fim a uma greve que, já vitoriosa, conseguiu parar mais de 90% da categoria. Valorizar a educação é remunerar bem os/as seus/uas profissionais!
Brasília, 14 de março de 2022
Direção Executiva da CNTE