Violência em Pernambuco vitima mais uma comunidade escolar
A violência em Pernambuco a cada dia faz novas vítimas e atinge marcas assustadoras. Nesta segunda-feira (28), a Escola Estadual Rotary de Nova Descoberta, no Recife, foi vítima de um assalto. De acordo com as imagens divulgadas, três homens usando fardas escolares entraram na unidade escolar às 18h56 e anunciaram o assalto.
Os assaltantes entraram na secretaria escolar e em uma sala de aula e levaram pertences e celulares de trabalhadores em educação e de estudantes. Um dos ladrões estava armado. Toda a ação durou apenas dois minutos. De acordo com Valéria Pereira, diretora do Sintepe, o setor de Casa Amarela tem 34 escolas e sete delas informaram ao sindicato que foram vítimas de algum tipo de violência, roubo ou agressão. Entretanto, a diretora frisa que o número de escolas vítimas da violência pode ser maior.
Os estudantes estão assustados e outros alegam que já foram vítimas de assalto em ruas próximas à escola. O estudante Diogo Fernandes, de 15 anos, estuda na escola há pouco tempo e ficou assustado com a notícia do assalto. “Nesses oito meses que estudo aqui, eu percebia que existia uma patrulha escolar, mas de um tempo para cá eu não tenho mais visto a patrulha que fazia vistoria no horário da tarde e da manhã”, lembrou o estudante. O sentimento de impotência diante da violência é comum entre trabalhadores e estudantes.
A diretora do Sintepe, Vânia Albuquerque, atentou para o fato de que o assalto aconteceu no horário de chegada de estudantes e dos assaltantes estarem armados. Segundo a diretora, ações como essa demonstram que a violência em Pernambuco infelizmente generalizada, e a comunidade escolar está inserida nesse contexto de insegurança. “Esse acontecimento reflete um problema social. É preciso dar um basta através, principalmente, da união de todos: sociedade, comunidade escolar, governo do estado e polícia”. Durante a visita na manhã da terça-feira (29), o gestor não quis conversar com o Sintepe.
Portaria – A Secretaria de Educação e a Secretaria de Defesa Social e da Secretaria de Educação assinaram, no dia 25 de maio de 2017, a Porta Conjunta nº 2548. A Lei disciplina o policiamento em 333 escolas da rede estadual de ensino e determina que cada uma delas seja patrulhada, nas áreas internas e em seus entornos, por uma viatura composta por dois policiais militares, das 14 às 22h. O número de escolas atendidas, porém, não atende a 50% do quantitativo de unidades escolares da rede estadual de ensino, que hoje reúne 1040 escolas.
De acordo com o documento, o policiamento deve ser feito pela Patrulha Escolar por meio do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES). O acionamento das viaturas escolares só deverá ser feito para atendimento de ocorrências ligadas à rede estadual de ensino.