Um sonho compartilhado
Um ciclo de gestão sindical iniciado em 2009 caminha para o seu fechamento neste final de 2011. O que caracteriza o encerramento deste ciclo é sem dúvida a eleição, que demarca também o início de outra etapa com seus projetos, aspirações, idéias e sonhos. Diferentemente dos artigos anteriormente compartilhados e refletidos com todos e todas, vamos abrir este espaço para uma ligeira reflexão, se é que isso é realmente possível, sobre os últimos momentos que marcaram a nossa eleição no SINTEPE.
Organizar e estruturar uma eleição sindical em uma instância com dimensões estaduais, onde se faz necessário estar presente praticamente em todos os municípios, não é tarefa de fácil execução, principalmente, quando temos, pelo menos em tese, três chapas inscritas para uma disputa muito salutar no campo sindical e que deveria ser em torno de propostas que objetivassem a garantia dos nossos direitos já conquistados e com uma perspectiva de ampliação desses mesmos direitos.
Infelizmente, uma minoria fez uma opção por uma prática pouco salutar: a do denuncismos sem comprovação das suas denuncias e difamações, porém como em toda enfermidade se faz imprescindível a utilização de uma medicação eficaz, e os próprios sócios se encarregaram da aplicação dessa medicação. E qual foi à terapia aplicada?
Sem dúvida, foi à opção por uma proposta de direção de sindicato que contemplou além de um trabalho já iniciado em gestões passadas, o avanço da luta através de proposições que podem ser materializadas através da ação de todos e não apenas dos aproximadamente setenta por cento (70 %), que elegeram a chapa um.
Dessa forma nos confraternizamos, não apenas, com aqueles e aquelas que entenderam no primeiro momento das nossas aspirações, mas também reconhecemos que é hora de compartilharmos acima de tudo dos sonhos que precisamos formalizar através das nossas propostas, com a participação dos cem por centos dos trabalhadores e trabalhadoras em educação em Pernambuco.
A conjuntura que se apresenta hoje no estado não torna fácil a nossa intervenção junto ao governo estadual, logo, se faz primordial incrementar a participação da comunidade escolar naquilo que lhes é cabível, assim como a incorporação de todas e todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação nos desafios que já estão posto para toda a categoria.
Nesta perspectiva não há vencidos nem vencedores como resultado das urnas, mas sim interesses que devem ser comuns da categoria que fez uma opção pela continuidade de um sindicato que sabe dialogar (veja-se os resultados da última negociação da campanha salarial e educacional em 2011), de luta, com um passado digno e acima de tudo, propositivo diante da conjuntura que se apresenta e na qual deveremos nos inserir como agentes que sabem interferir, contribuir e sermos os condutores nos nossos sonhos e destinos que precisam ser compartilhados.
Edeildo de Araújo
Diretor da Secretaria do Interior do SINTEPE