Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Transformar os docentes é uma prioridade mundial de qualidade

Ensinar e aprender: Conseguir a qualidade para todos e todas apresenta uma clara mensagem a comunidade mundial. Em primeiro lugar, um sistema educativo só é bom se os seus docentes forem bons; e em segundo lugar, os governos não tem conseguido cumprir seus compromissos de proporcionar financiamento para uma educação de qualidade.
O informe, apresentado hoje em Addis Abeba, Etiopía, avalia anualmente o progresso que fazia na EPT. Este ano ficou decidido centrar nos e nas docentes na medida em que os governos nacionais têm implementado políticas para respaldar o trabalho dos professores.

A qualificação e a formação docente, assim como a motivação e o respaldo constituem a base para uma educação de qualidade. Entretanto, a GMR revela que só um reduzido número de países tem cumprido com os compromissos que assumiram em Dakar, no ano 2000, e tem conseguido “melhorar o status, a moral e o profissionalismo do professorado”. Todavia, há muito o que fazer para conseguir as condições de trabalho decentes, uma remuneração adequada, e o acesso ao desenvolvimento profissional para os e as docentes.

Segundo informa o ditado, “as políticas só podem ser eficazes se as pessoas responsáveis de aplicá-las participam em sua configuração” e os sindicatos dos professores são essenciais para este aspecto.

Não obstante, na maioria dos contextos, as experiências e os conhecimentos dos professores, na maioria dos contextos, as experiências e os conhecimentos dos docentes não tem sido levado em conta, de maneira geral e os sindicatos dos trabalhadores da educação tampouco, tem sido adequadamente implicado no desenvolvimento de estratégias para conseguir a EPT.

O GMR destaca a importância de contar com uma política docente integral a nível nacional, e de estabelecer quatro elementos chaves que os governos deveriam adotar para garantir que os estudantes tenham acesso a um bom professor: 1) atrair os candidatos más qualificados a profissão docente; 2) facilitar as habilidades adequados mediante a formação inicial e continuada de qualidade competente, e acesso a um desenvolvimento profissional contínuo; 3) proporcionar os incentivos apropriados para ensinar onde há maior necessidade e; 4) implementar medidas adequadas para mantê-los na profissão. O GMR sinaliza acertadamente para oferecer ao professorado uma carreira profissional atrativa, não uma remuneração baseada em rendimento, mas é uma maneira adequada de motivar os docentes.

Enquanto isso, a Internacional da Educação (IE) acolhe favoravelmente essas quatro estratégias, é lamentável que só um reduziu o número de planos educativos nacionais haviam prestado uma atenção adequada a proporcionar uma boa formação do professorado, uma remuneração atrativa e umas estruturas profissionais; e que só um número mais reduzido de países tem conseguido garantir um financiamento apropriado para implementar essas medidas. Isso é revoltante, já que nenhuma dessas estratégias podem ser implementadas com os recursos suficientes para implementá-las. Uns recursos nacionais insuficientes, junto com uma diminuição constante da ajuda do desenvolvimento desde a recessão econômica mundial, fizeram com que muitos governos tenham fracassado na hora de proporcionar recursos suficientes destinados a educação de qualidade. O GMR aponta que “sem haver mantido a taxa de diminuição das crianças não escolarizadas entre 1999 e 2008, cai se poderia haver conseguido a Educação Primária universal (EPU) para o ano de 2015”.

No que diz respeito à política docente, o GMR informa que só 2% do pressuposto destinado a educação mundial foi invertido em programas iniciais e contínuos de formação de docentes entre 2008 e 2011. Como resultado de tudo isto, muitos dos países mais pobres não haviam recebido o respaldo financeiro necessário para formar, contratar e manter os professores qualificados.

Como consequência deste déficit de financiamento, a escassez mundial de docentes segue sendo um problema primordial, ainda se necessita de 1,6 milhões de professores para conseguir a educação primária universal para o ano de 2015, e essa cifra é maior quando se leva em consideração o primeiro ciclo da educação secundária. Isto inclui um elevado número de mulheres docentes que devem ser contratadas em alguns países com o fim de atrair as crianças para escola e de melhorar seus resultados acadêmicos.

Esses problemas ressaltam que os governos desenvolvam e apliquem uma política docente integral. A nível mundial, os docentes trabalham com contratos precários, tem salários que se encontram abaixo do salário mínimo e carecem das qualificações fundamentais, bem como as habilidades e o material didático necessário para ensinar. O ensinamento e a aprendizagem seguem levando-se a cabo em entornos inseguros e insalubres, que não dispõem da infraestrutura e dos materiais básicos. Essa situação não se inverte de maneira adequada e com os materiais necessários para facilitar o ensinamento e a aprendizagem, não se conseguirá a educação de qualidade para todos e todas.
Conteúdo retirado do Segmento Mundial de 2013/14

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