Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Trabalhadores realizam Marcha em defesa da escola pública

O movimento era diferente na tarde desta terça-feira (20) no centro do Recife. O motivo, os trabalhadores em educação, pais e alunos da rede pública de ensino realizaram a 1° Marcha Estadual da Educação em Defesa da Escola Pública. No primeiro momento aconteceu uma assembleia no IEP. Lá, diretores do Sintepe repassaram informes sobre as negociações com o governo. Na ocasião, a categoria também decidiu pela não paralisação de 48 horas e se compromoteu em participar das atividades do Fórum dos Servidores, nos dias 21 e 22 deste mês.

Entre os pontos debatidos nas mesas de negociação, com representantes do governo e representantes dos sindicatos do serviço público estadual, incluindo o Sintepe, estão, a reformulação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC), o cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional e o debate sobre o processo de eleição para direção das escolas, vale uma ressalva, antes de marcar qualquer diálogo, o governo do Estado prorrogou por mais um ano o mandato dos diretores.

Terminado os informes, o microfone estava aberto para os educadores. O professor José Mariano expôs insatisfação com o governo. “A categoria vem sofrendo ataques. Nós vamos às ruas por uma luta justa, por melhores salários e valorização profissional”. Tânia Saraiva tem mais de 20 anos de escola e afirma convicta “A gente não vê preocupação dos políticos em capacitar os professores. O que a gente vê é preocupação com números, cadernetas, como se isso mudasse o dia a dia das escolas”.

Coordenada pelo Sintepe, movimento estudantil e Associação de Mães, Pais e Alunos das Escolas Públicas (AMPA-PE), a 1° Marcha Estadual da Educação em Defesa da Escola Pública teve como objetivo denunciar o descaso com a educação pública. A diretora da Secretaria para Assuntos de Gênero do Sintepe e coordenadora do evento, Simone Ferraz enfatizou “Estamos mostrando à população que a realidade nas escolas é diferente da que é passada nas propagandas”.

Do município do oeste do Estado, Ipubi, estava a professora Adleane Cristina”Se a gente não falar, não expor nossas ideias, tudo vem do jeito que eles querem. Na minha escola mesmo, a situação é precária, quando tem merenda, falta material didático”, pontua. O jovem de apenas 19 anos, Ítalo Luan expressa sua consciência “Ao participar de atos como a Marcha estamos mostrando o nosso interesse em mudar a educação. Se a gente protestasse mais, teríamos mais direitos”.

O presidente do Sintepe, Heleno Araújo finaliza “Trazer gestão democrática para dentro das escolas, isso é valorização profissional”. Os trabalhadores saíram em Marcha do IEP, passaram pela ponte Princesa Isabel, entraram na rua do Imperador, passaram em frente a Secretaria de Educação e terminaram na Avenida Guararapes.

Fotos: João Carlos Mazella

Compartilhar

Deixe um comentário