Como parte das atividades promovidas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco, o mês de junho iniciou com uma roda de diálogo inovadora, focada na sexualidade da mulher idosa. O evento, que teve como público-alvo as aposentadas filiadas ao sindicato, buscou promover uma discussão franca e esclarecedora sobre um tema muitas vezes negligenciado.
A roda de diálogo contou com a participação de Mariana Soares e Ana Kely Almeida, representantes da Caravana da Pessoa Idosa do Ministério Público, da vice-presidenta do Sintepe, Cinthia Sales e das diretoras do Sintepe, Socorrinho Assunção, Camila Silva, Márcia Silva, Edneuza Hemógenes, Vera Pessoa e Ivaneide Moura. O objetivo foi fornecer um espaço seguro para que as participantes pudessem compartilhar suas experiências, esclarecer dúvidas e discutir questões relacionadas à sexualidade na terceira idade.
Na abertura do evento, a vice-presidenta do Sintepe, Cinthia Sales destacou que o momento é importante para a reflexão sobre a invisibilidade da mulher idosa: “Esse é um momento para que a gente se aproprie cada vez mais de discussões que não estão em todos os lugares. Porque tudo que se relaciona à mulher, essa sociedade patriarcal coloca de lado, nos invisibiliza. E quando se trata de mulheres idosas, essa invisibilidade aumenta, então esse nosso encontro vai nos ajudar a entender o porquê disso.”
A diretora dos aposentados(as) do Sintepe, Socorro Assunção aproveitou o momento para apresentar as mediadoras do evento: “Nesta segunda roda de diálogo, trazemos o Ministério Público, para contribuir com temas que não estão na mídia, mas fazem parte do que a gente sente.”
A mediadora da roda de diálogo, Mariana Soares, iniciou o momento com explicações sobre a identidade de gênero, a sexualidade, a proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e também o empoderamento feminino, principalmente, na terceira idade.
Segundo Mariana Soares, é importante discutir a sexualidade na terceira idade: “O principal mote da sexualidade da mulher idosa está voltado para a visibilidade da existência delas, como se enxergam neste mundo. A principal coisa que essas mulheres vão tirar daqui é a importância da existência delas, de se enxergar no mundo e como elas exercem essa sexualidade, até porque a sexualidade não está só voltado para o ato sexual, do ato carnal do homem entre a mulher, mas como ela vai se posicionar no mundo, frente aos seus desejos e os prazeres da vida.”
Em entrevista, Jandira Simões, de 75 anos, uma das participantes do evento e aposentada filiada, expressou sua gratidão pela iniciativa: “Este momento foi muito rico. Mais gratificante do que eu podia imaginar. Me sinto contemplada com as trocas, sorrisos. Não é a idade adulta, que nos faz retrair feito ostra, temos que viver, cantar, dançar, amar.”
Já a participante Marlene Barbosa destacou a importância desse encontro: “A gente vence o desafio do preconceito e das repressões que passamos na vida. O encontro foi importante para esclarecer, ter mais conhecimento, de como agir, como sentir. A sexualidade faz parte da nossa vida, mas às vezes a gente não entende e esse momento é essencial para isso.”
A roda de diálogo sobre sexualidade da mulher idosa é apenas uma parte da série de iniciativas planejadas pelo sindicato para abordar questões de gênero, saúde e qualidade de vida dos nossos filiados. Essa abordagem demonstra o compromisso do sindicato em proporcionar um ambiente inclusivo e empoderador para todas as suas filiadas, independentemente da idade ou estágio de vida.