O Sintepe participou nesta quinta-feira (9) de um ato realizado pelo Comitê Popular de Luta Educação – Pernambuco. A manifestação é uma reação aos bloqueios anunciados pelo governo federal à educação pública. No mês passado, o MEC divulgou redução de R$ 3,2 bilhões nos repasses às instituições em todo o país.
Os bloqueios no orçamento das universidades e institutos federais são uma política deliberada do Governo Bolsonaro, que tem a educação, professores/as e trabalhadores/as em educação como seus inimigos número 1. A intenção em cortar cerca de 14,5% da verba das instituições para despesas de custeio e investimento é praticamente uma decretação de fechamento de várias universidades e institutos federais no Brasil.
A presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, falou sobre o apoio aos estudantes após os cortes feitos pelo governo federal aos institutos federais e as universidades. “Em janeiro, o governo Bolsonaro cortou R$ 739,9 milhões e agora bloqueou R$ 3,7 bilhões dos recursos da educação. É mais um ataque da educação pública e as universidades de um governo que só quer atacar a educação. A PEC que está tramitando e que fala do ICMS para supostamente diminuir o preço da gasolina, não é verdade. A PEC vem para cortar os recursos do Fundeb e da educação pública”, explicou.
Os novos cortes no orçamento do Ministério da Educação e a proposta, apoiada pelo governo, de cobrança de mensalidades nas universidades públicas mobilizaram os manifestantes, contrários aos ataques desferidos por Bolsonaro desde que tomou posse, em janeiro de 2019. No último dia 27, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) colocou na pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/2019, que propõe a cobrança de mensalidades nas universidades federais. Na ocasião, o governo federal anunciou que R$ 3,2 bilhões da verba prevista para o Ministério da Educação (MEC) em 2022 serão bloqueados.
O presidente licenciado da CNTE, Heleno Araújo, falou sobre os ataques que a educação vem sofrendo do governo federal. “Estamos defendendo o povo brasileiro deste governo genocida de Jair Bolsonaro e mais uma vez atacou a educação básica com a aprovação da Câmara da educação domiciliar, atacou com o projeto de cobrar mensalidades nas universidades públicas e fez cortes no orçamento do MEC para educação”.
Programas de auxílio à permanência de estudantes carentes e bolsas de iniciação científica e pesquisa são afetados. Por isso o lema dos manifestantes é “Bolsonaro, tira a mão da Federal!”
Além do Sintepe, diversas outras entidades que compõem o Comitê, estiveram presentes. Além do presidente licenciado da CNTE, Heleno Araújo, estiveram presentes a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, os/as diretores/as Andrea Batista, Paulo Ubiratan e Séphora Freitas e a membros das coordenações regionais no interior Robertta Medeiros, Sandra Valéria, Andrea Paula e Lhuba dos Santos.
