Sintepe envia representantes para Marcha Mundial das Mulheres
“Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”. Esse é o tema da Marcha Mundial das Mulheres 2010. Entre os dias 8 e 18 de março, São Paulo vai servir de suporte para mais de 3 mil brasileiras e mulheres do mundo inteiro participar da caminhada.
A ação pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras. O Sintepe vai mandar representantes para aumentar o coro da luta feminista.
Este ano, a Marcha terá quatro eixos, são eles, Autonomia econômica das mulheres, Bens comuns e Serviços Públicos (contra a privatização da natureza e dos serviços públicos), Paz e desmilitarização e Violência contra as mulheres. As atividades que fazem parte da 3° Ação Internacional serão concentradas em dois períodos, de 8 a 18 de março e de 7 a 17 de outubro e contarão com mobilizações de vários formatos, em diversos países. O primeiro período, que marcará o centenário da declaração do Dia Internacional da Mulher, será composto de marchas. O segundo, de ações e marchas simultâneas, com um ponto de encontro em Sud Kivu, na República Democrática do Congo.
Propostas como igualdade, liberdade, justiça, paz e solidariedade servem de base para o movimento. A secretaria geral do Sintepe e também integrante do Comitê Estadual da Marcha Mundial das Mulheres – PE, Marinalva Lourenço, diz convicta “A expectativa não é só chamar atenção dos órgãos competentes, é também uma ação onde vamos retirar estratégias de pressionar para que os 4 eixos sejam atendidos e implantados no mundo todo”. Essa marcha vai acontecer em 162 países paralelamente. O dia 8 de março servirá como um pontapé e a partir dele virá os desdobramentos. “Esse momento amplia e dignifica a nossa luta enquanto mulher” finalizou Marinalva.
História
A Marcha Mundial das Mulheres nasceu em 2000. A mobilização reuniu mulheres do mundo todo em uma campanha contra a pobreza e violência. As ações começaram no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher e terminaram em 17 de outubro, Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza, organizadas a partir do chamado “2000 razões para marchar contra a pobreza e a violência sexista”.
A Marcha busca construir uma perspectiva feminista afirmando o direito à auto determinação das mulheres e a igualdade como base da nova sociedade que lutamos para consolidar.