Secretaria de Educação tenta terceirizar reforço escolar
Na tentativa de buscar melhores índices em provas externas (a exemplo do Idepe, Ideb e Prova Brasil), a Secretaria de Educação do Estado está dando ênfase no reforço escolar das disciplinas de Português e Matemática. Com isso, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco começou a receber as mais variadas denúncias sobre os procedimentos adotados pela SEE.
Entre elas, a mais grave ocorreu na Escola Estadual Educador Paulo Freire, no bairro do Bongi, no Recife. Informações apuradas pelo Sintepe dão conta de que alguns professores que se negaram a dar aulas de reforço de Português e/ou Matemática foram convidados a se transferir da unidade escolar. Para ocupar o lugar deles, a direção chegou a cogitar a adoção de minicontratos temporários apenas para as aulas de reforço.
Já na Escola Pintor Lauro Villares, no bairro dos Torrões, no Recife, a direção da unidade escolar inseriu professores de reforço durante as aulas regulares. Um professor que preferiu não se identificar afirmou que chegou a reclamar junto à direção da escola, para que a medida fosse suspensa, uma vez que a presença do professor estava atrapalhando o desenvolvimento do conteúdo programático, o que poderia prejudicar o planejamento anual da disciplina.
Outro exemplo ocorreu na Escola Estadual Padre Deon, na Caxangá. Alunos dos 3os anos do Ensino Médio chegaram a ter dois professores em sala de aula. Um aplicando o conteúdo programático e outro dando aula de reforço. Além dos casos ocorridos na Região Metropolitana do Recife, as denúncias se estendem a escolas de Petrolina, no Sertão, e Caruaru, no Agreste.