Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Presidente do INEP dialoga com sindicalistas sobre a concretização do direito à educação



Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Francisco Soares, conversou com sindicalistas na tarde desta quinta-feira (27), no SINTEPE sobre a concretização do direito à educação.

Enquanto representante do Instituto, Francisco diz que o papel da entidade é se dedicar a concretização do monitoramento em torno de uma educação eficiente, o que implica em aprendizados, em conhecimentos, que são valores, atitudes. Para ele, escola é o local de aprendizado para se ter uma vida plena, a começar por exemplo, pelo valor de honestidade que tem que estar no nosso dia a dia. É lá ainda, que há o desenvolvimento do cognitivo, fundamental para os primeiros anos da vida da criança.
No censo escolar de 2013, de 3 milhões de crianças que nascem por ano, 25% não termina o Fundamental o que mostra que para essas pessoas o direito não foi atendido. O direito à educação consiste em três vertentes: no desenvolvimento da pessoa humana, no preparo para o exercício da cidadania e na qualificação para o trabalho, estando esses pontos alinhados às condições oferecidas pelas escolas, o que engloba, estrutura, salários dos profissionais e gestão democrática.
As escolas estaduais vêm adotando práticas que se voltam a medir a qualidade do ensino através de números, sendo o Ideb e o IDEPE exemplos de siglas utilizadas para medir grau de coeficiente de rendimento do alunado. Sobre esse ponto, Soares ressalta “Nada de errado em ensinar leitura e matemática, tudo de errado se ensinar apenas isso”. Numa das tabelas mostradas pelo pesquisador foram elencados diversos números, entre os tantos, foi possível constatar que os níveis socioeconômicos baixos, com uma infraestrutura adequada, numa gestão difícil, a média do IDEB ficou em 4,39, média que varia segundo monitoramentos feitos em escolas que atendem a pré-requisitos responsáveis em dar a nota exigida para se conseguir bônus.
Soares garante que diante do cenário exposto o que move o Instituto é o monitoramento do direito, na perspectiva de ser um elemento que ajude na construção das escolas públicas. Logo em seguida, a deputada Teresa Leitão destacou dois pontos do que havia sido citado anteriormente, o primeiro a utilização dos dados como ferramenta fundamental de denúncia social e o segundo, não tomar esses instrumentos como bússola da educação. Ao final da fala, a parlamentar ainda explicitou cinco desafios para a vivência do processo pedagógico, os resultados que são devolvidos, a não utilização das provas como conteúdo, o exercício da transparência, o caminho para o controle social e o tipo de relação que se dá melhor com mais eficiência e menos tensão se houver o exercício da gestão democrática.
A mesa contou a coordenação do presidente do Sintepe, Fernando Melo, e a participação da diretora de formação do Sintepe, Valéria Silva.

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