Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Planejamento

Planejamento
Pelo título apresentado, vocês devem estar pensando que vamos fazer como de costume, uma análise apurada e uma consequente reflexão sobre a necessidade do planejamento na educação, tanto do país e arrematando com os resultados insignificantes da política educacional de Pernambuco e da soberba que se destaca nesses quase oito anos do governo autodenominado de socialista.
Eu até gostaria de continuar com essa temática, mas vou adentrar em uma aventura antes nunca trilhada, pois hoje 08/07/2014, eu não estou de ressaca sozinho, a nação inteira está também desnorteada depois dos 7 x 1 histórico. Cada um e cada uma, tenta de forma, diga-se pontual, achar a resposta ou respostas que justifiquem o ocorrido, chamado pela grande maioria de catástrofe, humilhação, vexame, apagão etc.
Vou aproveitar e abrir outra exceção que é falar da minha percepção, diga-se: muito pessoal, como ponto de partida para construir um raciocínio e revelar que nunca paguei para assistir uma partida de futebol na minha vida mesmo quando não tínhamos tanta violência nos estádios e fora deles. E por que não? Porque o futebol como um todo, se revela como algo que não é pensado de forma equilibrada.
Posso esclarecer? Assistir a vários jogos pela televisão, ouvir inúmeros comentaristas em suas análises sempre imediatas e um número incalculável dos chamados “torcedores” tecendo suas ideias sobre esse esporte, mas infelizmente essas opiniões apresentam-se desprovidas de nexos. Podemos concordar pelo menos que toda atividade humana está permeada de um pensar por mais elementar que seja.
Para não ser injusto, devo revelar o motivo que me fez ver tantos jogos pela televisão: era o setor do time de futebol encarregado de estar à frente da defesa, de pensar, de criar as ações que resultariam em vitórias, não se trata apenas de ter habilidade com a bola, mas de pensar o que fazer com a mesma, enfim, planejar ações e estratégias que pudessem resultar no almejado gol. Temos como exemplo o meio campo da seleção de setenta.
Bem, de lá para cá consegui ver alguns times e/ou seleções de futebol realizar tal feito, porém, são exceções, o que predomina dentro e fora de campo são atitudes desprovidas de consequências benéficas. Isso se torna uma realidade dentro do nosso país. Logo, o futebol aqui é visto como uma paixão e paixão não é algo digamos racional, mas que traz resultados imprevisíveis, portanto não se tem muita responsabilidade sobre eles.
Nesse momento de grande comoção por que passa o país com tanto choro, decepção e tentativa de justificativas, pergunto o 58º lugar que o Brasil obteve no quesito educação quando comparado com outros países, não decepciona? Não provoca choro e muito menos comoção? Bem, se isso não ocorre é que não existe um pensar com um pouco de racionalidade também para a educação e quem está escalado para resolver essa situação? Para planejar?
Quais as outras semelhanças entre futebol e educação no Brasil? Agora é fácil responder a essa questão: espera-se que alguém resolva tudo em um passe de mágica, daí não precisarmos nos envolver, deixando que os professores resolvam tudo, pois, é para isso que existem. São semelhantes ao Neimar Jr? Essa conversa breve despertou ideias? Espero que sim. Agora responda qual a semelhança entre todos os parágrafos aci
Edeildo de Araujo
Diretor de Formação sindical do SINTEPE e formador da CUT

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