Pesquisa revela desvalorização da docência
Coluna publicada nos jornais nos dias 10 e 11 de novembro
O estudo Atratividade da Carreira Docente no Brasil, publicado pela Fundação Carlos Chagas, revela que dos estudantes do 3º ano do ensino médio ouvidos, 67% sequer consideram a hipótese de ser professor. Dentre os principais motivos alegados estão à precariedade nas condições de trabalho e os baixos salários.
Segundo o estudo da Fundação Carlos Chagas, a percepção do estudante é a de que o professor é um profissional relevante, que serve de exemplo a ser seguido, atua como formador de opinião e possui valor social, mas é um profissional desvalorizado e desrespeitado pelos próprios estudantes, pela sociedade e pelos governos.
A atratividade da carreira de professor só será possível com mudanças estruturais que ofereçam um salário inicial atraente, valorização social da profissão e adequadas condições de trabalho.
Apesar das cobranças e das mobilizações continuamos sem Plano Nacional de Educação (PNE) e sem definição do reajuste do Piso Salarial Nacional. Aqui em Pernambuco, a reformulação do Plano de Cargos e Carreira (PCC) se arrasta, aposentadorias legitimadas por anos de trabalho estão engavetadas, leis são descumpridas todos os dias (incorporação do “207” nas aposentadorias de funcionários administrativos, licenças-prêmio, liberação para cursos, remoção, entre outras). A municipalização é outra forma de agressão praticada pelo Governo do Estado contra os trabalhadores em educação e contra a sociedade. O SASSEPE agoniza e a saúde do funcionário público vai junto. No interior das escolas os professores são exigidos no atendimento às questões burocráticas que se sobrepõem às pedagógicas. Neste contexto, fica evidenciada a falta de compromisso do Governo com a educação pública estadual.
AGENDA
14/11 – ATO PÚBLICO com panfletagem em defesa do SASSEPE, às 9h, na Conde da Boa Vista com a 7 de Setembro.