O estado de Pernambuco vive hoje um extraordinário movimento econômico, devido aos vultosos investimentos federais e de grandes grupos privados nacionais e estrangeiros que foram atraídos pelo conjunto de ações desenvolvidas no Complexo Industrial e Portuário de SUAPE. A taxa de desemprego cai e o índice de crescimento econômico cresce acima da média nacional. Com isso, o consumo e a arrecadação de tributos crescem em todo estado.
O cenário parece perfeito. Contudo, para os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino, a realidade é outra (há uma pedra no caminho: o Governo Eduardo Campos). A vida real dos profissionais da educação é dura, cruel e vergonhosa. Continuamos recebendo o pior salário do Brasil (R$ 1.025,00 por 40 horas aulas semanais, tanto para nível médio quanto para nível superior). O nosso Plano de Cargos e Carreiras (PCC) foi violentado e esfacelado nos gabinetes do Palácio e exposto na Assembleia Legislativa. O Governo do Estado não paga o Piso, está destruindo o PCC e diminuindo nominalmente os salários, precisando colocar um complemento salarial para muitos professores continuarem recebendo a remuneração que têm hoje. Foi um crime bárbaro e tão chocante que virou manchete de primeira página em jornal de grande circulação.
Apesar do bloqueio midiático, a categoria reage e denuncia em todo estado, especialmente nesta CONAE, a propaganda enganosa que é a imagem de sensibilidade social do governo estadual, pois no tocante a sua “gestão de pessoal”, os trabalhadores em educação são vistos e usados, acintosamente, como laranjas que são espremidas e descartadas. Sua visão de estado passa longe do socialismo que ele apregoa nas TVs do país inteiro.
O preconceito e a visão equivocada do serviço público tem sido sua marca registrada na relação com os profissionais da educação, quando afirma em reunião dos recém-concursados que greve no serviço público não existe mais, ameaçando abertamente o direito à liberdade de organização sindical garantida na OIT, da qual somos signatários, e Constituição Cidadã de 1988.
O Governo Eduardo Campos tem uma visão de estado oposta a das forças democráticas e populares e está em sintonia fina com os governos tucanos, que em São Paulo tem massacrado os trabalhadores em educação. Trazemos esses fatos para que os/as delegados/as do CONAE conheçam a verdadeira face do governo do Estado de Pernambuco que paga, aos profissionais da educação, o pior salário do Brasil.
SINDICATO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS EM EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO
Fundado em 26 de março de 1990
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Fones: (81) 2127.8866 / 2127.8876
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