Painel Educacional alertou delegados/as para os ataques à educação
A conjuntura política, social e econômica da educação nacional, além dos retrocessos por meio da retirada de direitos e desvalorização da categoria, foram os principais temas abordados na tarde desta terça-feira (12), durante os debates que transcorreram no “Painel Educacional”, que integra a programação de discussões e atividades do 11° Congresso do Sintepe “Educação, Escola e Democracia”, que ocorre no município de Gravatá, Agreste do Estado.
O debate ocorreu no auditório do Hotel Canariu’s – onde esta sendo sediado o evento -, e contou com a presença de dirigentes do sindicato e as debatedoras Andrea Gouveia (presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd), Madalena Guasco (professora titular do Departamento de Fundamentos da Educação da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP) e Ivonete Alves Cruz de Almeida (secretária de Políticas Sociais da CNTE).
Para a professora da PUC, Madalena Guasco, um dos principais pilares para a melhoria da Educação no país seria a adoção de um sistema único universal de ensino. “Quem acompanha a história da Educação sabe o quanto árduo foi todo esse processo. O fato é que não construímos um sistema único universal, como foi implantado em outros países, como a Argentina. No Brasil, a rede pública compete com a rede privada”, comentou Guasco.
Já para a dirigente da CNTE, Ivonete Alves, o avanço nas discussões da implementação das escolas cívico-militares no País é um fator grave que coloca em risco a autonomia dos docentes no ambiente de trabalho. “A retórica que está por trás disso é, mais uma vez, a mesma discussão que responsabiliza nós docentes. É o discurso da violência, da ordem, que transforma o ambiente escolar ríspido, ao invés da pluralidade, da diversidade. Não podemos abrir mão da nossa autonomia”, destacou.
O declínio nos números de investimentos na Educação foi o destaque na abordagem da presidenta da ANPEd, Andrea Gouveia. Segundo ela, principalmente após o Golpe (impeachment da presidente Dilma Rousseff), a execução de programas educacionais caíram drasticamente. “Bom, em 2015, chegamos a ter o dado de 38 programas educacionais sendo executados pelo Governo Federal. Já este ano, com o Governo de Bolsonaro, o número caiu para 28 programas executados. A queda é considerável. Os governos de Temer e Bolsonaro executam apenas os programas necessários, previstos na Constituição, deixando de implantar medidas, de aplicar investimentos para políticas em prol da diminuição da desingualdade educacional. Isso é lamentável”, comentou Gouveia.
Após a apresentação do painel, o plenário adicionou observações e críticas.
SINDICATO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS EM EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO
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