Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

O sentimento é de desvalorização! Reajuste do piso salarial foi de 8,32%

O sentimento é de desvalorização! Reajuste do piso salarial foi de 8,32%
Coluna publicada nos jornais nos dias 5 e 6 de janeiro de 2014
A desvalorização do Magistério afasta os jovens da carreira docente. Um estudo realizado em 2013 pela Fundação Varkey Gems comprovou que o número de jovens interessados em ingressar em carreiras ligadas à educação não acompanhou o aumento ocorrido em outras áreas de nível superior. A pesquisa também mostrou que menos de 20% dos entrevistados encorajariam os filhos para seguirem a profissão de professor.
O discurso da valorização da educação está dissociado da prática, basta ver o reajuste do piso salarial do professor para 2014, de apenas 8,32%. Fala-se muito na importância do docente, sem que se discuta, em igual proporção, aspectos ligados a formação (inicial e continuada), carreira, jornada de trabalho, condições de trabalho e remuneração.

O sentimento de desvalorização que acompanha os profissionais da educação é reforçado no cotidiano pelos baixos salários, pelos problemas físicos e psicológicos, pela infraestrutura escolar precária, pela violência no ambiente de trabalho, pela cobrança por resultados sem as devidas condições para tal exigência e ainda pela falta de apoio de um considerável número de famílias que não acompanham os filhos nas escolas.

Sem perspectivas convidativas de formação, carreira e condições de trabalho, é muito difícil reverter o triste quadro da educação pública. A Fundação Victor Civita e a Fundação Carlos Chagas, em pesquisas realizadas, constataram que apenas 2% dos estudantes concluintes do Ensino Médio indicavam graduações diretamente ligadas à educação como primeira opção no vestibular. Os jovens reconheceram a importância do professor, mas afirmaram que a profissão é desvalorizada pela sociedade e possui uma rotina desgastante e desmotivadora.

Uma possibilidade, ainda que remota, para viabilizar o ensino público passa pelo PNE (Plano Nacional de Educação). Por exemplo, está expresso nas metas 15 e 16 a importância da formação inicial e continuada. Na meta 17, defende-se a equiparação salarial dos professores com outras carreiras de nível superior e, na 20, a necessidade de ampliar os investimento na educação pública. A CNTE vem acompanhando todo o desenrolar da discussão do PNE.

O SINTEPE estará participando de 16 a 19 de janeiro do Congresso Nacional da CNTE. A organização da luta nacional em defesa da educação pública vai estar em pauta.

Algumas informações do texto foram retiradas da Revista Nova Escola, da edição de novembro/13

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