O “retrato” da educação!
Coluna publicada nos jornais nos dias 8 e 9 de dezembro
O retrato da educação pública em Pernambuco pode ser apresentado através de vários exemplos. Um desses exemplos está localizado no Distrito de Timorante, em Exu, na Escola Nelson Araújo. Vejamos que em pleno século XXI a educação pública continua maltratada, com consequências graves para a qualidade do ensino que a sociedade deseja, necessita e merece.
Na Escola Nelson Araújo, as bancas escolares são em quantidade insuficiente e muitas estão quebradas. Os livros didáticos de História, Ciências e Geografia, também são insuficientes para atender ao número de estudantes. A Escola solicitou à Gerência Regional de Educação (GRE), a complementação dos livros para o atendimento à demanda existente, mas chegamos ao final do ano e a GRE não deu resposta.
No cotidiano da escola, ainda existem outros problemas que direta ou indiretamente acabam prejudicando a comunidade escolar. A internet, por exemplo, é precária e o sensor de segurança foi retirado.
Há também a situação de um professor contratado temporariamente que trabalha na secretaria da escola e não na sala de aula.
Além dos problemas localizados em diversas unidades de ensino, os trabalhadores em educação e a sociedade de uma maneira geral enfrentam grandes ameaças ao futuro do ensino público. A tentativa de municipalizar o ensino, imposta pelo Governo do Estado, vem perturbando a vida de professores, funcionários, técnicos, estudantes e seus familiares. A insegurança e a incerteza, decorrentes da municipalização, têm levado muitas comunidades escolares a realizarem manifestações públicas contrárias ao processo de entrega das escolas estaduais para as prefeituras.
Outro fato que comprova o descaso para com a educação pública é a desvalorização salarial e profissional dos professores, que continua sendo meta dos governantes. O piso salarial nacional, que deve ser reajustado agora em janeiro, vem sofrendo ataques permanentes para alteração do texto da lei, como de costume, causando prejuízos aos professores. Outro problema é o nosso Plano de Cargos e Carreira (PCC), cuja reformulação necessária, encontra-se parada, por culpa do Governo, e sem prazo para um desfecho. AGENDA
13/12 – Ato contra a Municipalização, às 9h, na Rua Eliza Cabral/ Bairro Novo, em Camaragibe.