“Novo” Ministro da Educação não nos representa
Coluna publicada nos dias 15 e 16 de maio de 2016
Quando vice-governador de Pernambuco e depois governador, substituindo Jarbas Vasconcelos, então candidato ao Senado, o agora Ministro da Educação, Mendonça Filho, impôs um brutal arrocho salarial à nossa categoria. Não satisfeitos, Jarbas e Mendonça tentaram enfraquecer o SINTEPE, cortando o desconto consignado para o sindicato.
O que consistiu na época, em proibir a contribuição mensal e espontânea do filiado para a sua entidade sindical, que era operacionalizada através da folha de pagamento e previamente autorizada pelo sindicalizado, sendo, portanto, o desconto efetuado na própria remuneração do trabalhador em educação em favor do SINTEPE.
Com a medida, o governo Jarbas/Mendonça dificultou de forma bastante acentuada a arrecadação financeira do nosso sindicato. O efeito foi contrário ao esperado pelo governo. Com o lema: SINTEPE vivo, ativo e combativo, mantivemos toda a tradição de luta do nosso sindicato, mesmo com todas as dificuldades impostas pelo governo Jarbas/Mendonça.
O autoritarismo e a arrogância foram marcas da passagem de Mendonça Filho pelo governo de Pernambuco. No Congresso Nacional, verificamos que a postura de Mendonça Filho, enquanto deputado federal não mudou. Mendonça conseguiu apenas um novo título: golpista. Na verdade, Mendonça Filho, enquanto gestor público não deixou saudades naqueles que, efetivamente, fazem a educação pública estadual em Pernambuco, a não ser para os seus apadrinhados políticos. A avaliação que fizemos do governo Jarbas/Mendonça não foi exclusiva nossa . O povo pernambucano que rejeitou, nas urnas, a continuidade do governo Jarbas/Mendonça, compartilhou conosco a opinião de que a gestão iniciada por Jarbas Vasconcelos e concluída por Mendonça Filho não era digna do respeito e da confiança da população.
Assim, com essas lembranças, não podemos projetar boas expectativas para o desempenho de Mendonça Filho à frente do Ministério da Educação, que a partir de agora acumula a pasta da Cultura. No plano local, a negociação da Campanha Salarial Educacional 2016, será no dia 19. Recebemos um ofício da Secretaria de Educação, solicitando esclarecimentos sobre cinco pontos da nossa pauta de reivindicações. Vale lembrar que a negociação marcada para o dia 10 não aconteceu, pois, cumprindo deliberação da última assembleia, a Comissão do SINTEPE se recusou a negociar sem a presença do Secretário de Administração.