Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

NOTA DO SINTEPE: Categoria rejeita proposta do Governo. Queremos negociar, mas não aceitamos a divisão da categoria. A luta continua.

Os trabalhadores e trabalhadoras em educação aprovaram em Assembleia Geral – realizada nesta terça-feira (9) – um extenso calendário de lutas, devido a não aceitação da proposta do Governo do Estado apresentada na última rodada de negociação. A luta vai continuar, agora de forma mais intensa! Ao reafirmar sua total disponibilidade para a negociação, o Sintepe também segue o ímpeto da categoria de lutar por seus direitos e pela valorização profissional, que se configura na aplicação do índice do Piso Salarial do Magistério – de 14,95% – em toda a carreira dos/as servidores/as da Secretaria de Educação de Pernambuco.

  • O Governo do Estado propôs pagar o reajuste do Piso Salarial do Magistério apenas para aqueles/as professores/as que estão abaixo do valor estipulado para 2023 que é de R$ 4.420,50. Esta proposta contempla apenas 6.281 mil professores/as efetivos/as e CTDs, deixando de fora mais de 52 mil professores/as efetivos/as, aposentados/as, administrativos/as e analistas. A proposta também implode o plano de cargos e carreiras, pois terão os mesmos vencimentos os professores/as que têm formação em Magistério, Licenciatura Plena e Especialização.
  • O Governo do Estado quer dividir a categoria. A atual proposta do Governo prevê enviar para a Assembleia Legislativa um projeto de lei APENAS com a proposta de reajuste do Piso para quem está abaixo dele. As negociações em torno do restante da categoria com a repercussão na carreira somente seriam discutidas em junho. O Sintepe foi fundado há 34 anos lutando pela categoria como UMA SÓ. Professores/as efetivos/as, administrativos/as, analistas, ativos, aposentados/as e professores/as temporários. O Sindicato não aceita negociação que divida a categoria.

Em resposta à proposta do Governo do Estado, a categoria aprovou um extenso e intenso calendário de lutas.

  • Haverá atos públicos em favor do reajuste do Piso na Carreira da Educação nos dias 16 e 24 de maio. No dia 16/05, será às 16h no cruzamento do Derby, na Avenida Agamenon Magalhães. No dia 24/05, será às 16h no cruzamento da Avenida Guararapes com a Rua do Sol, no Bairro de Santo Antônio, no Recife;
  • Nos dias 25 de maio, 02 e 06 de junho, Paralisações na Rede Estadual nas Escolas e locais de trabalho a partir das 13h nas Escolas do Programa Integral e após o recreio nas Escolas Regulares;
  • Nos dias 25 de maio, 02 e 06 de junho, realizaremos intensas panfletagens com a Carta à Comunidade Escolar, em todo o Estado de Pernambuco;
  • Distribuir a Carta à Comunidade Escolar em todas as Escolas e locais de trabalho;
  • Também haverá uma intensa mobilização midiática com bicicletas de som denunciando o descaso com a educação por parte do Governo do Estado;
  • Vamos organizar a Tenda em Defesa da Educação Pública, em formato itinerante, no centro do Recife e nos bairros dos municípios da Região Metropolitana;
  • Vamos realizar esquetes de teatro nas ruas, com peças temáticas sobre nossa luta. As trupes de teatros percorrerão praças, feiras e locais de grande circulação;
  • Faremos uma intensa mobilização junto aos deputados e deputadas estaduais na Alepe, apresentando para todos eles nossos argumentos e a importância da repercussão do Piso Salarial do Magistério na carreira de todos os servidores da Secretaria de Educação de Pernambuco;
  • Vamos organizar uma Barqueata no Rio Capibaribe;
  • Vamos realizar, de forma coordenada e organizada, intensas campanhas nas redes sociais;
  • Vamos continuar com nosso outdoor móvel e implantar outras formas de mídia, apresentando à sociedade nossos argumentos e comprovando a importância da valorização profissional da educação pública.

O Sintepe reafirma a disposição urgente de negociar com o Governo do Estado. A categoria e o Sindicato demonstram maturidade por entender que o caminho da negociação deve ser esgotado até o último instante possível. A valorização profissional e a defesa da escola pública devem ser políticas públicas prioritárias para os governos.

A DIREÇÃO

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