Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Não tem sido fácil!

Não tem sido fácil!
Publicado nos jornais nos dias 21 e 22 de agosto

A vida dos Trabalhadores em Educação não tem sido fácil. A população, de uma forma geral, sabe que o Professor recebe um dos piores salários na comparação com outros de mesmo nível de informação. O salário é tão ridículo que durante muito tempo serviu como piada em programa humorístico na televisão.

Não bastasse os baixos salários, a falta de perspectivas assola também a categoria. O Plano de Cargos e Carreiras (PCC) foi desmontado pelo atual Governo do Estado e a sua recomposição em patamares aceitáveis não parece próxima. Ainda com relação ao PCC, a progressão por desempenho é ignorada pelo Governo Estadual.

a falta de respeito não para por aí. O direito legalmente assegurado ao gozo da licença prêmio é negado constantemente, sob alegação de que o Professor deve procurar o seu substituto. Um verdadeiro absurdo! Nem na doença ele tem sido respeitado. Denúncias chegam ao sindicato dando conta de que o atendimento na Junta Médica do Estado é muito ruim.

As pessoas debilitadas por um estado doentio, sofrem ainda mais com a falta de atenção e com a má prestação do serviço pela Instituição, segundo relatos da categoria. Portanto, confirma o que já dissemos nas mesas de negociação.

No dia a dia da escola os problemas continuam, como por exemplo: diários de classe extremamente burocráticos, que consomem bastante tempo para o seu preenchimento. A situação se agrava para os professores que, para suprir o baixo salário, possuem dois vínculos empregatícios, principalmente se lecionam determinados componentes curriculares, levando-os a ter um grande número de alunos e diários.

A cobrança tem sido desproporcional às condições oferecidas. E quando a categoria decide protestar, participando de uma paralisação nacional, como no último dia 16, a pressão surge em diversas formas e locais de trabalho. São dirigentes escolares que ameaçam os estudantes de perderem a bolsa família caso não cheguem às salas de aula, pressionando, assim, os professores.

Em outras situações, são Funcionários Administrativos reprimidos para não aderirem à paralisação, com o objetivo de enfraquecer a luta por melhores condições de trabalho e por valorização profissional. Mas, a luta continua!

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