Marcha das Margaridas é lançada
A 4º Marcha das Margaridas foi lançada no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Informática de Pernambuco, SINDPD, na última quarta-feira (26). A atividade será realizada em Brasília, nos dias 16 e 17 de agosto e tem como objetivo garantir e ampliar as conquistas das mulheres rurais.
A diretora do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combates as Endemias, Maria Betânia definiu a ação como uma forma de sensibilizar gestores na ampliação dos direitos das mulheres.
O relógio passava das 16h quando a mesa foi formada e coordenada pela secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Madalena da Silva. Nela estavam representantes da Associação de Mulheres Brasileiras (AMB), Sílvia Camurça, do grupo de teatro feminista Loucas de Pedra Lilás, Cristina Nascimento, da União Brasileira de Mulheres (UBM) Márcia Ramos, da Central dos Trabalhadores do Brasil, Adnilza Rodrigues. Além de membros de outros sindicatos presentes no auditório.
Madalena em sua colocação destacou a importância da inserção das mulheres do campo no processo de desenvolvimento do Brasil. “Vamos propor e negociar políticas públicas para as mulheres rurais. Essa é uma estratégia e metodologia de construção de um novo país”, completou Silva. Entre as políticas públicas mencionadas estão: regulação de normas para efetivar e regular a participação das mulheres no programa de reforma agrária, manutenção da aposentadoria das mulheres aos 55 anos e representação na Comissão Tripartite de Igualdade no Ministério do Trabalho.
Da CTB, Adnilza atribui à mulher o papel de ousada. “Mulher quando quer nem Deus desanima”, definiu. A trabalhadora em educação ainda fez um alerta “O Estado intervém pouco na cidade e menos ainda no campo. Devemos cobrar mais os direitos das mulheres”, sublinhou.
Márcia Ramos destacou que o Brasil precisa avançar no que ainda não avançou. Segundo Ramos, no dia que as Margaridas irão marchar a pauta de reivindicação estará pronta o que permite uma reflexão maior sobre os pontos que serão colocados. Mais democracia, mais liberdade, mais autonomia sem a criminalização por causa do aborto são alguns deles. Para terminar sua explanação convidou as companheiras presentes a abraçarem à luta.
Do grupo de teatro, expressiva quanto o valor que tem a arte, Cristina Nascimento definiu a Marcha como poder de aglutinar pessoas. “As ideias querem reverberar a luta das trabalhadoras rurais e avançará na luta anti-racial”. As Loucas de Pedra Lilás são responsáveis pela música da Marcha das Margaridas e os que elas querem é ouvir as 100 mil participantes entoando a canção.
A diretora do Sintepe, Simone Ferraz enfatizou a responsabilidade da divulgação do evento para que a plataforma saia vitoriosa.
A plataforma da Marcha das Margaridas de 2011 contém 11 pontos: biodiversidade e democratização dos recursos naturais, terra, água e agroecologia, soberania e segurança alimentar e nutricional, autonomia econômica, trabalho, emprego e renda, saúde pública e direitos reprodutivos, educação não sexista, sexualidade e violência e democracia, poder e participação política. Para viabilizar a ação 179 sindicatos pernambucanos estarão juntos e participarão do desafio de levar 100 mil mulheres a Esplanada dos Ministérios.
As mulheres das diversas entidades sindicalistas, do campo e da cidade desenvolvem ações que estão sendo realizadas, como brechós e vendas de rifa, para contribuir financeiramente com a viagem.
Assista ao vídeo da Marcha das Margaridas
SINDICATO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS EM EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO
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