Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Máquinas e equipamentos não substituem o trabalho dos seres humanos

Máquinas e equipamentos não substituem o trabalho dos seres humanos

Os 1.650 estudantes da Escola Estadual Padre Manoel de Paiva Neto ficaram quatro dias sem aulas devido à invasão, pichações e incêndio na secretaria da escola no dia 18 de setembro de 2011 (domingo), por elementos ainda não identificados.

A escola está localizada no bairro Jardim Amazonas, no Município de Petrolina. Tem uma grande área externa e uma quadra esportiva sem cobertura. Em uma das áreas externas cultivavam uma horta escolar, que foi desativada por ordem do Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Educação. A direção da escola desconhece o motivo desta descabida determinação.

Não tem vigia do quadro permanente de pessoal da Secretaria Estadual de Educação, nem a presença de vigilantes da empresa contratada pelo Governo que atuam em algumas escolas. As ausências de profissionais e os motivos apresentados anteriormente estão causando prejuízos constantes ao patrimônio público e a vida das pessoas que trabalham e estudam nesta escola. Todos ficaram assustados com as pedras atiradas no telhado durante as aulas. Os alunos são incomodados constantemente por pessoas estranhas à comunidade escolar que pulam o muro e ficam sobre a grade de proteção atrapalhando a dinâmica da escola.

Iniciaram os ataques à escola no dia 22 de maio de 2011, invadiram e roubaram diversos equipamentos como DVD, projetor, som. Deste dia até o mês de junho entraram na escola para roubar e pichar quatro vezes, na quinta vez, além da pichação atearam fogo na secretaria da escola e nas bancas quebradas que estavam no pátio. Os canos de água e esgotos são estourados constantemente. Os professores encontraram e tiraram dos estudantes drogas e armas brancas.

A direção da escola por diversas vezes comunicou e solicitou ajuda da Gerência Regional de Ensino (GRE) para ajudar a resolver ou reduzir este conjunto de problemas, mas até agora nada foi feito concretamente.

Exigimos que a Secretaria Estadual de Educação encaminhe ações para que a escola possa funcionar com tranqüilidade e desenvolver o seu papel na busca pelo conhecimento. Providências devem ser tomadas imediatamente, como por exemplo:

1. Colocar vigia para atuar durante o tempo de trabalho escolar e vigilante durante a noite e fim de semana;
2. Discutir e deliberar junto com a Comunidade Escolar o que fazer com a ampla área externa da escola, para evitar o uso e abuso por parte dos elementos estranhos à escola.
3. Ligar a escola, através de rádio ou outro equipamento, com a Polícia Militar para inibir as ações dos elementos estranhos a comunidade escolar.
4. Deslocar a equipe pedagógica da GRE para atuar diretamente na escola, na perspectiva de contribuir com a equipe da escola na elaboração de projetos pedagógicos que trabalhe e envolva toda a comunidade na dinâmica escolar.
5. Identificar e tirar de circulação os elementos que repassam drogas e armas para os estudantes.
6. Tomar outras medidas cabíveis, ouvindo a comunidade escolar.

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