Governo sem noção
Publicado nos jornais nos dias 25 e 26 de abril
Nos últimos quatro anos, os pernambucanos puderam observar uma das maiores demonstrações de incompetência administrativa no gerenciamento da rede pública estadual de ensino. O ocupante do Palácio do Campo das Princesas e a sua fraquíssima equipe no setor educacional, comandada pelo ausente e agora ex-secretário, Danilo Cabral, que assumiu o cargo de Secretário de Educação apenas com objetivo eleitoreiro (candidato a deputado federal), mostraram de forma inequívoca a falta de compromisso e de um projeto sério para a educação em nosso Estado.
Em quatro anos de Governo Eduardo Campos, a educação, na verdade, não avançou. Enquanto o Governador saía pelo Estado a fora e inaugurava escolas em tempo integral, ou semi-integral e escolas técnicas (com o dinheiro do Governo Federal), ao mesmo tempo desmontava o Plano de Cargos e Carreira de professores e funcionários administrativos e reduzia salários. Na prática, o Governador constrói escolas e destrói a carreira e os salários dos profissionais em educação.
Nesses quatro anos, o conflito se estabeleceu por diversas vezes entre os Trabalhadores em Educação e o Governo do Estado. Os problemas aconteceram dentro e fora dos locais de trabalho: autoritarismo, descumprimento de lei, ausência de diálogo produtivo e falta de uma política educacional. O governo desprezou os educadores, prejudicou a educação e comprometeu o futuro da população pernambucana.
Sem noção do que fez ou deixou de fazer, o Governo Estadual distribuiu com os professores: assinaturas de jornais e revista, notebook, bônus para a Bienal do livro e fez o maior barulho por ser, segundo ele, o Estado que primeiro pagou o Piso Salarial da categoria (triste ilusão). Nada disso tem valor para quem precisa trabalhar três expedientes quase todos os dias da semana, recebendo o pior salário do país e ainda teve o Plano de Cargos e Carreira esfacelado.