Estudantes levaram nesta terça-feira (30) às ruas de diversas cidades e às redes sua reivindicação por vida, pão, vacina e educação e contra o governo de Jair Bolsonaro. A manifestação foi organizada por União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). E foi marcada pela colocação de faixas e cartazes em diversos pontos das principais capitais do país e por manifestações por meio das redes sociais.
De acordo com as entidades estudantis, o lema vida, pão, saúde e educação sintetiza as preocupações centrais do povo brasileiro em meio à explosão da pandemia. A luta pela vacinação como preservação da vida, pelo auxílio emergencial e contra a carestia dos alimentos, que aflige principalmente os mais pobres. E também a recuperação do orçamento para as áreas de educação e ciência, que estão nos menores patamares em uma década e que são a saída para a superação da crise sanitária, econômica e social.
“É o grito dos estudantes que não aguentam mais e que não se calarão diante de um governo genocida”, disse Rozana Barroso, presidenta da UBES. “Não podemos perder uma geração para a desesperança, a fome, o trabalho precário, a evasão escolar. Exigimos urgência para vacinar toda a população, exigimos direito à vida”.
A jornada de lutas da juventude é um conjunto de mobilizações que marcam o mês de março, em homenagem a Edson Luis, secundarista assassinado pela polícia da ditadura militar em 28 de março de 1968, no Rio de Janeiro. As ações também “descomemoram” o Golpe Militar de 1964.
A jornada de lutas 2021 foi aprovada em reunião das diretorias executivas das entidades no último dia 16. No encontro foi aprovado também a realização conjunta da 12ª Bienal da UNE. O Festival dos Estudantes terá como tema “Brasil, um povo que resiste”. A abertura será no dia 27 de abril e a programação de mostras e debates vai do dia 19 a 23 de maio, majoritariamente online.
“Segundo o Instituto DataFavela, 71% das famílias teve renda reduzida pela metade, 82% precisam de doações para alimentar a família, a média de refeições diárias caiu de 2,4, em 2020, para 1,9, este ano. O povo pede socorro!”, destacou o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), em participação no Tuitaço.
A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) também participou. “A educação e a ciência estão na mira da ‘tesoura’ do governo Bolsonaro. Para que universidades, institutos federais e instituições de pesquisa enfrentem a pandemia, estimulem o desenvolvimento e a recuperação do País é preciso mais recursos!”
Fonte: https://www.cut.org.br/