Educação é um investimento em longo prazo
Educação é um investimento em longo prazo
Educação é um investimento em longo prazo
Educação é um investimento em longo prazo
Seres humanos têm uma dada capacidade para cada uma de suas atividades físicas e/ou mentais.
Veículo: Folha de Pernambuco
Editoria: Opinião
Data: 08/11
A imprensa divulgou o pensamento do ministro Fernando Haddad sobre o número de dias letivos por semestre que, segundo ele, passaria de 100 para 110 dias. Bom, estudos feitos pelo MEC da década de 70 concluíram sobre alguns quantitativos para o segmento ensino/aprendizagem, os quais passamos a dispor para comparar com os dos dias atuais. A hora/aula não deve exceder a 45 minutos no horário noturno nem a 50 minutos no horário diurno. O Governo atual exige 60 minutos para a hora/aula. O total de horas/aulas semanais não deve ultrapassar de 30.
O MEC não se coloca, atualmente, sobre esse particular. O número de dias letivos que precede o descanso semestral deve ser de 90. E o ministro Fernando Haddad quer passar para 110 dias o semestre letivo. Tudo isso foi resultado de estudos internacionais nos anos 70, mas, na atualidade, ninguém fala em que se baseiam esses novos números! Os dados dos estudos anteriores foram baseados no aproveitamento efetivo dos ensinamentos na sala de aula.
Por exemplo, o aluno durante a noite tem menor capacidade de absorver conhecimento do que durante o dia, por isso a diferença de tempo das horas/aulas. A maturação do conhecimento também requer prazo, então não adianta exceder os noventa dias por semestre. Seres humanos têm uma dada capacidade para cada uma de suas atividades físicas e/ou mentais. Gente não é robô apesar dos avanços cibernéticos, é bom que o MEC saiba disso.
Não entendi ainda por que as universidades federais só começam suas atividades em março e conseguem fechar os 100 dias com unidade de crédito de 15 semanas (90 dias). Podem estar mudando, mas até agora não. Outras portarias ministeriais da época determinavam um tempo maior para a execução dos currículos dos cursos noturnos. Administração e outros cursos de quatro anos no horário diurno, passavam para cinco anos quando ministrado no horário noturno.
A preocupação com o binômio ensino/aprendizagem sempre foi um tema debatido em governos passados com a colaboração de educadores. Hoje, infelizmente, políticos e burocratas resolvem o destino da educação brasileira, o pior é que isso acontece com palpites de “educadores” internacionais. Fazer um Brasil melhor para servir ao mundo e não ao nosso país, eis a questão. Formar rapidamente para a quantidade superar a qualidade e daí se ter presas mais fáceis de serem manipuladas pelos grupos dominantes.
A fome pelo poder tem levado os nossos governantes à criação de leis e imposição de comportamentos, inspirados em seus exemplos, que infelizmente têm levado o povo a legar a seus descendentes um futuro pouco capaz. Tomara que os novos governantes acordem para a necessidade de um Brasil mais lúcido e brilhante.
Autor: Wilson Barretto (Diretor e professor da Faculdade Esuda)
Contato: [email protected]