Educação: dura realidade
Coluna publicada nos dias 3 e 4 de março de 2013
Na semana passada, mostramos aqui em nossa coluna semanal que a propaganda do Governo Estadual não condiz com a realidade. Apresentamos dois exemplos concretos da precariedade das escolas públicas estaduais: a Escola Miriam Seixas, em Jaboatão dos Guararapes, e a Escola Coronel Valeriano Eugênio de Melo, em Olinda.
No decorrer da semana, outras situações chamaram a atenção do SINTEPE, dentre elas o protesto realizado pelos estudantes da Escola de Referência Ginásio Pernambucano, podemos dizer, recém inaugurada. Aos gritos de “estudantes na rua, Eduardo a culpa é sua” as reclamações foram veementes e cobraram soluções para diversos problemas: salas de aulas apertadas e quentes, laboratórios que não funcionam, rachadura no prédio, falta de merenda e cadeiras velhas.
Uma realidade ainda mais grave foi a denunciada, em CARTA ABERTA, pela Escola, também de Referência em Ensino Médio, Professor Manoel Joaquim Leite, no município de Cedro/PE. Há quatro anos uma parte da escola funciona em anexos distribuídos em quatro ruas e a outra parte funciona agregada à outra escola estadual. Em decorrência da situação, fatos absurdos são registrados, como por exemplo, o professor se deslocar 2 km entre uma aula e outra. O quadro é caótico, segundo a denúncia, o ambiente escolar improvisado é totalmente inadequado e o calor é intenso.
As queixas chegam de todo o Estado, inclusive em forma de desabafo, como foi o caso de uma professora da Escola Presidente Médici de Moreilândia/PE. Aqui, um pequeno trecho do seu desabafo: “… o tal PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL … deveria ser uma EDUCAÇÃO PARA TODOS como a mídia faz questão de lembrar todos os dias. Precisamos de uma política educacional que realmente seja inclusiva e igualitária e não de um programa que chega dividindo professores e alunos dentro de uma mesma escola”.
O SINTEPE parabeniza todas as trabalhadoras em educação pelo Dia Internacional da Mulher, 8 de março.