Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

E a verdade?

E a verdade?
Sem sombra de dúvida, o privilégio da classe política, a corrupção e o atendimento precário às necessidades básicas da população justificam os protestos de rua, em alguns estados da federação. Pode-se afirmar, no entanto, que, até o momento, nada ou quase nada se fez para abafar os movimentos, a não ser prendendo e espancando os mais exaltados. Protestos, com danos ao patrimônio público e até privado, é inaceitável, assim como a mentira e os desmandos. O cidadão brasileiro já não aceita mais tantos recursos públicos mal aplicados ou simplesmente desviados para o enriquecimento de está com o poder nas mãos.

Espera-se, por parte de quem está com o poder, uma tomada de posição que contemple a população com mais saúde, educação, saneamento básico e, na medida do possível, acabando com o privilégio dos oportunistas. Refletindo sobre o desenrolar das coisas, percebe-se que o povo tem que ir às ruas, incomodando quem está acomodado, reivindicando direitos e deveres para todos, na tentativa de levar um recado – o Brasil pertence a todos os brasileiros. O fim da corrupção e dos privilégios será o fim dos movimentos de rua.

Recentemente, uma reportagem da rede globo de televisão mostrou como funciona o transporte dos estudantes, na cidade de São Joaquim, agreste de Pernambuco; sendo interrogado sobre o assunto, o prefeito se saiu, dizendo que desconhecia aquela situação, mas que iria tomar providências.

Não é de estranhar que Vitória de Santo Antão, sendo um pedaço do Brasil, também se contamine com ações arbitrárias e injustificáveis contra a população. Há poucos dias, moradores do bairro de Santana fizeram um protesto, queimando pneus e cavando uma valeta interrompendo o trânsito de veículos, por conta da má conservação da estrada. Mas, o pior está acontecendo no Iraque II(2). O ônibus que transporta estudantes, no turno da noite, não está circulando e os estudantes, que dependem desse meio de transporte, estão sem comparecer às aulas, na iminência de perder o ano letivo. É um descaso. Em torno do assunto circulam duas informações: uma, no sentido de que vândalos têm danificado o ônibus, causando prejuízo ao proprietário da empresa; a outra informação é que o prefeito Elias Lira não está honrando o compromisso assumido com o empresário. Diante desse quadro prefeito e empresário cruzam os braços e a população paga a conta. Finalmente, de quem é a responsabilidade? Tudo indica que o Ministério Público vai entrarem ação.

ENEDINO SOARES – professor da rede pública estadual.

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