Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Confecom termina com avanços para comunicação

A 1° Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) terminou firmando a bandeira histórica dos movimentos sociais que lutam pelo direito à comunicação e democratização da mídia. Depois da contribuição de mais de 1.600 participantes da Conferência, realizada de 14 a 17 de dezembro, em Brasília, pontos foram debatidos e sistematizados. Entre eles, a obrigatoriedade do diploma para jornalista, a criação do Conselho Nacional de Comunicação, com funções de monitoramento e deliberações de políticas públicas do setor.

Juntos, sociedade civil, empresários e poder público debateram durante 4 dias os caminhos para se ter meios mais democráticos. Diferente da Rede Globo e Folha de São Paulo que não participaram da Conferência, um dos proprietários da Rede Bandeirantes, João Saad, tratou de políticas públicas com membros dos governos e com militantes que defendem a comunicação como direito humano. O diretor de comunicação do Sintepe, Zélito Passavante estava presente na 1° Conferência e disse convicto “Esse momento deixa evidente quais são os setores interessados em ter uma mídia diferenciada”. E ainda completa “Estamos debatendo uma nova comunicação para o país”.

O dirigente do Portal Vermelho e autor de “A Ditadura da Mídia”, Altamiro Borges, enfatizou que o evento foi surpreendente. “Até para quem estava pessimista antes, consideram a Confecom um sucesso. E para os que já estavam otimistas, ela avançou ainda mais”. O consenso entre os grupos de trabalho fez com que menos de 150 propostas chegassem a Plenária Final. São as que tiveram aprovação entre 31 e 79% nos grupos de trabalho, entre elas estão a criação de um código de ética do jornalismo brasileiro, a que regulamenta a dublagem para exibição no Brasil, que deverá ser feita no país, por empresas nacionais.

As propostas aprovadas farão parte do relatório final. A Conferência mostrou que há uma disposição muito grande da sociedade, empresários e governo em romper a recusa histórica em debater políticas democráticas de comunicação no país. O debate serviu para qualificação e priorização de propostas que subsidiarão a Política Nacional de Comunicação.

Fonte: site Portal Vermelho

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