NÃO QUEREMOS MORRER
O mundo inteiro está parando de novo. Muitos países decretaram lockdown em cidades e regiões inteiras. No Brasil, vários estados já praticam medidas restritivas duras. Cidades como Araraquara (SP) fecharam tudo. Isso tem a ver com a nova cepa do coronavírus e com a explosão de novos contágios, internações e mortes.
Mas será que nada neste quadro aterrador sensibiliza o Governo do Estado, que teima em manter as escolas estaduais e as turmas do ensino médio abertas? O Sintepe fez uma campanha com bicicletas de som durante toda a semana nas principais escolas da Região Metropolitana do Recife. Temos visitado as escolas e constatado o temor de companheiros e companheiras.
Vamos continuar denunciando para a comunidade escolar que o momento é de fechar as escolas, infelizmente. Vamos continuar cobrando do Governo a medida corajosa e necessária. Enquanto não houver vacina para todos, é preciso interromper as atividades presenciais.
NA MIRA DA DESTRUIÇÃO
No Congresso Nacional a pauta é a destruição da educação pública e da saúde com a votação da PEC Emergencial. Bolsonaro e seus aliados no Congresso, com isso, querem levar em frente a aplicação do Estado Mínimo. A resistência tem que vir dos trabalhadores pressionando os deputados para votarem contra. Mesmo com a derrota do governo, que não conseguiu impor o golpe da desvinculação de recursos, não é possível confiar no governo e nas mesas diretoras do parlamento. Como dizia Darcy Ribeiro, “a crise da educação no Brasil, não é crise, é projeto”, referindo às nossas elites apátridas.
O Sintepe continua na pressão pelas vacinas para todos, em especial trabalhadores/as em educação. Entregamos ao Governo do Estado nossa proposta de regulamentação das atividades não presenciais, dentre elas, o direito de cátedra, o repouso entre as aulas remotas, o direito autoral dos conteúdos ministrados e a não interferência no ambiente virtual da aula sem prévia autorização do ministrante.