Ampla adesão de Pernambuco à Greve Nacional
Coluna publicada nos jornais nos dias 18 e 19 de março de 2012.
O Governo de Pernambuco tenta passar para o povo pernambucano que não havia necessidade dos trabalhadores em educação do Estado aderirem à greve nacional. O governo alegou que o projeto de Lei assegurando o pagamento do valor de R$ 1.451 para um Professor com formação em nível médio, com 40 horas aula por semana, já foi enviado à Assembleia Legislativa.
Um Professor com nível superior (Licenciatura Plena), em início de carreira, a partir de março receberá uma remuneração total de R$ 1.524,53, para uma jornada de 40 horas aula por semana. Mesmo com o reajuste de 22,22%, o Professor entra no sexto ano de Governo Eduardo Campos, na situação vergonhosa de receber o pior salário do País.
Pois bem, mesmo com 16 Estados ainda não cumprindo o valor de R$ 1.451, como vencimento base inicial na carreira do Professor, somos o pior salário do Brasil. O segundo pior salário é o do Rio Grande do Sul, que ainda não concedeu o reajuste do Piso, mesmo assim, paga mais que o nosso Estado.
Aproximadamente 85% das escolas de Pernambuco aderiram à greve nacional, razão para a atitude autoritária e arbitrária do governo do Estado que ameaça cortar o ponto dos grevistas. Assumimos o compromisso com os nossos estudantes de garantir a reposição dos conteúdos previstos para serem ministrados no período da greve nacional, garantindo assim o cumprimento das 800 horas anuais mínimas, estabelecidas na Lei de Diretrizes Nacional da Educação (LDB – Lei Federal nº 9.394/96).
Se o governo estadual concretizar a ameaça vai afetar diretamente os estudantes. O SINTEPE não aceitará que o governo negue aos nossos estudantes o direito às 800 horas em 2012. Portanto, se preciso for, ingressaremos com uma representação no Ministério Público de Pernambuco para garantir o direito dos estudantes e evitar o corte de ponto, só assim teremos condições de combinar com os estudantes a melhor maneira de repor as aulas do período dos dias da GREVE NACIONAL.
Parabéns Companheiros e Companheiras. A maciça adesão à greve nacional mostra o compromisso da nossa profissão com o direito humano e universal do cidadão e da cidadã à educação, além de fortalecer as entidades representativas da categoria. Vamos continuar firmes na luta, a campanha salarial educacional está só começando, vamos precisar de cada um e de cada uma em mais essa etapa da construção de um País decente, com qualidade social da educação para todos e todas.