O Sintepe participou de um ato pela defesa do SASSEPE (Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco). A mobilização ocorreu na manhã desta quinta-feira (07), em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado. Após a pressão realizada pelos manifestantes, representantes do Governo receberam a pauta de reivindicações entregue através de um ofício durante uma reunião onde estiveram presentes o Sintepe, ASSEPE, CUT e outras organizações sindicais.
O SASSEPE enfrenta graves problemas no seu funcionamento. Os beneficiários/as do programa lidam com a falta de acesso à consultas, exames, cirurgias e demais procedimentos em todo o estado.
“O SASSEPE é nosso, mas é responsabilidade do estado garantir o direito dos servidores e servidoras à saúde. O SASSEPE está em uma situação muito crítica, umas das mais graves crises financeiras e de gestão da história do sistema”, destacou a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano.
Dentre as denúncias recebidas pelas organizações sindicais, está a falta de materiais hospitalares, em muitos casos, eles são doados pelos sindicatos para evitar o colapso total do SASSEPE. Pacientes relatam ainda que médicos e enfermeiras também têm levado medicamentos, seringas e luvas próprias para realizar os atendimentos.
Ivete também resgatou questões relacionadas a problemas estruturais e situações insalubres, nas quais os pacientes do HSE (Hospital dos Servidores do Estado) são submetidos.“A gestão que está saindo do HSE foi irresponsável, o sistema chegou numa situação de socorro, onde o Sintepe precisou doar lençóis, papel e outros materiais para que o hospital não parasse. Recebi relatos de cirurgias sendo realizadas em ambientes insalubres, salas sem ar condicionado. Um total comprometimento da biosegurança”, complementou a presidenta.
Após o término da reunião, o presidente da CUT/PE, Paulo Rocha, explicou os pontos de reivindicações abordados nas discussões e ressaltou a importância do repasse de recursos financeiros, por parte do Governo, para solucionar a crise na qual o SASSEPE se encontra hoje. “O SASSEPE é muito importante para a população como um todo, temos mais de 180 mil pessoas atendidas pelo sistema. Esses pacientes desafogam o SUS e a rede estadual. É absurdo faltar insumos básicos para o atendimento e servidores/as terem o tratamento interrompido por falta de comprometimento com o repasse de recursos financeiros”, enfatizou Paulo Rocha
A coordenadora geral da ASSEPE, Florentina Cabral (Morena), cobrou uma assistência de qualidade para os servidores/as e reforçou a luta em defesa do sistema. “Essa é uma luta pela sobrevivência do SASSEPE. Hoje, estamos passando por uma crise onde consultas, exames e cirurgias estão sendo negados e adiados para 2022. Exigimos que o governo do estado a partir de agora após essa reunião aporte recursos extras para que o SASSEPE cumpra a sua tarefa de salvar vidas.”, argumentou Morena.
Participaram da reunião com as lideranças sindicais o secretário executivo da Casa Civil, Adilson Gomes e o diretor de planejamento do SASSEPE, Fernando Freire.