O Sintepe participou da luta nacional pela valorização do/a servidor/a público/a e contra a PEC 32, a Reforma Administrativa que quer destruir o serviço público no Brasil. A mobilização ocorreu na manhã desta terça-feira (14) em frente à Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco). Organizações sindicais de diversas categorias do serviço público no país se uniram contra a PEC 32.
Parafraseando Paulo Freire, a presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, destacou os estragos que a Reforma Administrativa pode proporcionar ao país. “ No pensamento de Paulo Freire não cabe a PEC 32, porque ela não é apenas uma Reforma Administrativa, é um retrato de uma sociedade desigual, preconceituosa e violenta que retira direitos e contribui ainda mais para a exclusão e desigualdade. A educação é libertadora e essencial para o Brasil, não podemos permitir a aprovação de uma proposta que reduz drasticamente o papel da educação no Brasil. O serviço público não pode ser segmentado”, argumenta Ivete.
A PEC 32 , se aprovada, irá destruir o serviço público no Brasil. A Reforma Administrativa tira estabilidade do/a servidor/a e abre caminho para apadrinhamento político em cargos públicos, o que pode facilitar a corrupção e ainda deixa a população sem um bom atendimento. A educação pública é essencial à população. “Essa PEC 32 vai aprofundar o golpe de 2016 e a Emenda Constitucional n.º 95, que retirou só em 2021, 26 milhões da saúde. O que Bolsonaro quer é acabar com o serviço público, transferir recurso público para a iniciativa privada, e para isso, ele está colocando os servidores/as como bodes expiatórios”, explica o presidente da CUT/PE, Paulo Rocha.
Confira o vídeo do ato:
A Reforma Administrativa não reduz a despesa pública, não diminui impostos nem taxas públicas, ela apenas facilita a vida de políticos corruptos. Desmonta os serviços públicos e privatiza a educação. Os/as servidores/as precisam de valorização. “Estou aqui trazendo toda solidariedade e apoio ao movimento sindical, que está de parabéns pela luta contra a PEC 32 e em defesa do serviço público. Trabalhadores/as públicos/as têm responsabilidades, fizeram concurso e prestam serviço à população, mas a PEC 32 não afeta só os/as trabalhadores/as, ela realmente acaba com o serviço público”, esclarece a deputada Teresa Leitão.
É preciso pessoas capacitadas trabalhando nos hospitais, nas escolas e na segurança pública. A Reforma Administrativa irá colocar apadrinhados, sem capacitação, para atender a população. Concursados/as e com estabilidade no cargo são as pedras nos sapatos dos corruptos. Não à toa a PEC 32 de Bolsonaro e Guedes propõe acabar com a estabilidade e com concurso público. Por isso o Sintepe junto aos/às Trabalhadores/as em Educação estão na luta contra a PEC 32.
Confira a galeria do ato simbólico ( Fotos: Agência JCMazella ):
