Alunos da Escola Irmã Magna, em Nova Descoberta continuam sem aula
De volta do recesso, os 800 alunos da Escola Irmã Magna foram surpreendidos com a interdição da instituição. Os engenheiros da Gerência Regional de Ensino (GRE) condenaram as sete salas por conta das rachaduras e infiltrações.
Até agora, a Secretaria de Educação não solucionou o problema. Os alunos estão sem aula desde o dia 20 de julho e sem saber onde irão estudar. Segundo informações da instituição, uma reunião será realizada na sexta-feira (5), às 14h, na escola, para resolver as pendências.
Os problemas foram constatados pela visita da representante setorial, Valéria Pereira. A instituição funciona nos três turnos e conta com turmas do Ensino Fundamental I. Fazem parte do quadro 38 funcionários. “A estrutura da escola deixa a desejar em tudo, porque uma casa foi adaptada para abrigar a instituição”, ressaltou Pereira. Segundo a mãe de uma aluna, Verônica Hercília, o lugar que abrigava um antigo curral, agora serve de sala de aula.
Os problemas na Irmã Magna são antigos. “Essa escola tem quase 39 anos e durante esse tempo todo nenhum governo fez nada. Quando chove os meninos estudam com rato e escorpião nas salas”, disse Hercília indignada. Além dos problemas na época das chuvas, os ventiladores das salas estão quebrados e os alunos comem em pé, por falta de espaço para colocar as cadeiras. A escola também apresenta problemas com a violência.
A estudante da 6° série, Talia Monteiro, afirma com toda convicção que essa situação gera constrangimento. “Dá uma tristeza porque até agora a gente não sabe para onde vai”, pontuou Monteiro com os olhos marejados.
Quem chega à escola verá o movimento fora do comum. São os pais e alunos em busca de resposta quanto à volta do funcionamento da instituição. Os representantes setoriais do Sintepe continuarão fazendo as visitas nas instituições de ensino. O sindicato mostra-se disposto a participar das negociações e a colaborar para resolver o quanto antes as pendências que prejudicam o conhecimento de alunos e o trabalho dos profissionais.
O pedreiro e encanador João Ferreira é pai de aluno e pela terceira vez consecutiva, foi à escola em busca de resposta para saber o futuro do filho. “Isso é uma pouca vergonha. A educação vem sempre em primeira instância. Enquanto o governo se preocupa em gastar dinheiro fora, a saúde, a educação e a segurança estão defasadas”, pontuou. Enquanto o destino dos meninos continua incerto, o que se informa na secretaria da escola é que na próxima sexta-feira (5), às 14h, terá uma reunião com a equipe da Educação para definir outro local para escola funcionar. Assista ao vídeo clicando aqui
Provável lugar que os professores e alunos irão.