Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

ELE GOVERNA UM ESTADO

Sim, ele governa um Estado,
Enquanto tocam frevos,
Cujas cores se arrastam sobre os grevistas.
Ele governa um Estado
E o frevo aquece os grevistas que dançam;
Ele, Eduardo Campos,
Governa um Estado,
Enquanto as cores do frevo se arrastam em perdidos movimentos
Porque estão dançando e pulando,
Mas os seus corações permanecem em greve.
Diante do batalhão de choque, gritam:
Di-ta-du-ra não!
Ne-go-ci-a-ção!
Assim gritam os professores,
Embora sentindo o contágio das cores do frevo que toca pra ele.
Mas não há dono desse Estado,
Ele possui apenas um governador,
Governador eleito por aqueles mesmos que gritam:
Di-ta-du-ra não!
Ne-go-ci-a-ção!
E o frevo desta cidade se derrama em cores
Por sobre os professores cansados de gritar.
E dançam os grevistas,
Porque, afinal, são cidadãos pernambucanos,
E viram passistas,
Porque, afinal, o frevo se derrama.
E ele governa um Estado,
Enquanto o batalhão de choque,
Choca o olhar grevista,
Apaga as cores do frevo,
E mata o gesto cidadão.
A cidade é governada,
O professor reclama em greve,
As armas ameaçam as cores…
E todos acreditam nele, no governador,
Que nega a negociação e governa glorioso.
Por favor, derrame um frevo sobre os olhos dos grevistas, maestros,
A cidade está sem cor.
Ele governa um Estado!

Josilene Rodrigues

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