Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Educação e crise mundial

Educação e crise mundial
Com o título “Combater as ideologias hostis em tempo de crise”, a Internacional da Educação* alerta o Movimento Sindical Mundial das ações de ideologias em favor da desregulação e mercantilização do serviço público, em particular da educação pública. Os drásticos cortes no serviço público no primeiro mundo demonstram a hostilidade do capital financeiro em pôr a roda da história para trás.
A marca do período histórico que estamos vivendo é de crise estrutural do capitalismo. O fato coloca os povos e as nações em uma encruzilhada que queremos seguir. Ou se produz uma nova alternativa viável e necessária, ou prevalecerá a ordem atual provocando um processo de estagnação ou retrocesso histórico, fato hoje em desenvolvimento na Europa.
Uma das primeiras prioridades do movimento sindical no século XIX foi conquistar a educação pública e gratuita, para proporcionar aos jovens da classe trabalhadora igualdade de oportunidades. Dando chance aos grupos que estavam à margem da sociedade, em busca de ampliar a democracia e produzir uma sociedade sadia e sustentável.
Com a crise na Europa, os governos protegem e resgatam o sistema financeiro. E são pressionados a adotarem medidas de contenção dos investimentos dos direitos fundamentais dos povos como educação, saúde, aposentadorias, etc. É uma acirrada luta contra o fim do estado de bem estar social conquistado no século passado.
A 13ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública realizada 21 a 27 de abril, pela CNTE e os sindicatos afiliados tem como objetivo ganhar sociedade progressista para lutar pela qualidade do ensino público e ampliação do sistema educacional, combatendo a tendência a sua privatização e a divisão do ensino entre Técnico e ensino fundamental, onde parte da população é preparada para a qualificação profissional sem dar-lhe a visão humanista cidadã.
O resgate da educação como um grande indutor do desenvolvimento com distribuição de renda, igualdade de oportunidades aos jovens e a valorização dos profissionais da educação devem ser bandeiras das forças progressistas e populares para a consecução de um novo projeto nacional de desenvolvimento para o Brasil.
*A IE representa organizações sindicais de 30 milhões de docentes e trabalhadores em educação do pré-escolar ao ensino universitário em 171 países. www.ei-ie.org
Zélito Passavante
Secretário de Comunicação do Sintepe.

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