Sindicato dos Trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco

Painel sindical e grupos de trabalho fizeram parte da tarde desta sexta, no 10º Congresso



Painel sindical e grupos de trabalho fizeram parte da tarde desta sexta, no 10º Congresso
Na tarde desta sexta-feira (11), o 10º Congresso Estadual dos Trabalhadores em Educação, realizado pelo Sintepe, em Gravatá contou com um painel sindical e grupos de trabalho.
Os 700 delegados eleitos dividiram-se entre o auditório que contou com representantes das Centrais Únicas dos Trabalhadores (CUT) e dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Conlutas e as salas que estavam acontecendo as discussões em grupo.
O diretor da CUT, Admirson Greg destacou a necessidade de se repensar o modelo de sociedade, na tentativa de reconhecer-se na individualidade para pensar a coletividade. Ao citar esses pontos, o sindicalista destaca a formação para que as pessoas se informem e exerçam o trabalho com uma qualidade mais apurada. “Eu preciso me entender neste processo”, frisou. O sindicalista questionou o auditório, sobre quem fazia parte de Conselhos Escolares e Conselhos Municipais de Educação, e o que o surpreendeu foi ouvir das pessoas que poucas estavam engajadas nesse processo, o que resultou da parte dele em cobranças nos envolvimentos com esses trabalhos comunitários.
Logo depois, o presidente da CTB, Hélmiton Bezerra que definiu que as discussões se dão em um ambiente complexo para avaliação. Ele pontuou que ao longo da História os modos de produção capitalista têm sido responsáveis pelo que tem acontecido com os trabalhadores no mundo inteiro. Quanto ao momento atual que a sociedade brasileira está vivendo, o líder sindical traçou um paralelo com 64, enquanto que nesse ano os militares foram para às ruas, o golpe de 2016 contou com o apoio da mídia e da justiça. “A nossa luta histórica é um estorvo para quem acumula o capital. Temos que ter unidade e paciência revolucionária”, sublinhou.
O diretor do SINTEPE, Jair D’Emery começou sua explanação com a pergunta, como atrair jovens trabalhadores para fazerem parte dos movimentos sindicais? Levando em consideração que esses jovens passam grande parte do tempo conectados e o tempo inteiro recebem informações das redes sociais. Ao se apropriar de características como essa, como o movimento social pode servir para que eles construam sociedade mais justa? Para D’Emery “Precisamos de paciência e resistência. E quem sabe uma Federação dos trabalhadores em educação para conquistar corações e mentes?”, indagou.
Por fim, o representante da Conlutas, Hélio Cabral optou por avaliar a estrutura de poder desde a época da ditadura, fim da década de 70, derrubada da ditadura com destaque para dois eventos, o primeiro, “de que maneira se deu a transição para democracia? E o segundo, a Constituição Federal de 1988, como grande processo de mobilização popular”. Segundo Cabral, o resultado do modelo de frente popular resultou no “golpe histórico que conseguiram tirar o PT, mas não tiraram os trabalhadores do país”, garantiu.
Paralelo ao que estava sendo debatido no auditório, os Grupos de trabalho A – análise da conjuntura, B – políticas educacionais, C – políticas permanentes, D – política sindical e E – Balanço político e Plano de Luta estavam reunidos em outras salas, retirando pontos de discordância e acrescentando outros no projeto final, que será votado no último dia do Congresso, neste sábado 12 de novembro.
Fotos: João Carlos Mazella

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