Educação: a fantasia e a realidade
Coluna publicada nos dias 24 e 25 de fevereiro
O Governo do Estado continua deixando muito a desejar quando o assunto é educação. Apesar das propagandas bem elaboradas, mostrando ações do Governo de Pernambuco na educação, o ensino público, infelizmente, tem se mostrado, na prática, precário e ineficaz.
As reclamações surgem de todos os lados. São os trabalhadores em educação, insatisfeitos com as condições de trabalho e com as condições salariais. É a sociedade que questiona e cobra um melhor desempenho da rede pública de ensino.
O Governo, por sua vez, tenta encobrir os reais e graves problemas da educação pública. Utiliza-se de ações isoladas, programas e projetos, efeitos pirotécnicos, com espaço na mídia, e tenta convencer a população que a educação em Pernambuco vai bem.
Os depoimentos emocionados, sobre os estudantes que foram ao exterior, encobrem na verdade a falta de preocupação do Governo com a maioria dos jovens, que estão nas escolas públicas. Ao mesmo tempo em que beneficia muito menos de 1% dos estudantes da rede pública com as viagens ao exte-rior, o governo mantém escolas em situações precaríssimas.
A Escola Miriam Seixas, em Prazeres, é um exemplo da falta de cuidado do Governo com a rede estadual. Mais um ano letivo começa e a construção da nova escola encontra-se inacabada. A comunidade da escola Miriam Seixas denuncia a precariedade e o péssimo estado da ‘antiga’ escola, onde devem permanecer por mais um ano. Esperava-se pelo menos que parte da agilidade demonstrada na construção da arena da Copa fosse praticada na construção da nova Escola Miriam Seixas.
A Escola Coronel Valeriano Eugênio de Melo é outro exemplo do descaso do Governo para com a educação. A escola, localizada no bairro de Caixa D’ Àgua, em Olinda, apresenta diversos problemas de infraestrutura e já teve parte do prédio interditado. A escola é a única do bairro e atende a várias comunidades em seu entorno, que estão prejudicadas.
Os problemas com a educação pública em nosso Estado não estão apenas na infraestrutura física. Existem diversas denúncias, confirmadas pelo SINTEPE, sobre vários outros problemas, tais como: a tentativa de impor aos professores a obrigatoriedade de participação em reuniões fora do respectivo expediente e o não pagamento de direitos consagrados e historicamente adquirido pelos professores, como por exemplo, a licença prêmio em dinheiro, para o tempo não gozado, para aqueles que alcançaram esse benfício e já estão aposentados.
REUNIÃO DOS APOSENTADOS, NO DIA 26/02, ÀS 15H, NO SINTEPE.