No dia 19 de setembro, educadoras/es de Pernambuco, do Brasil e do mundo inteiro celebraram os 102 anos do nascimento do educador Paulo Freire. Como tem sido feito há 10 anos, a Cátedra Paulo Freire da UFPE realizou uma série de atividades no “Paulo Freire em Setembro”, que culminou ontem (19) com a Mesa “Paulo Freire: educação e projeto social humanizador” e com o ato político e pedagógico, em frente da Estátua de Paulo Freire, no Campus da UFPE no Recife.
Caminhando e cantando a música “O que é o que é?”, do cantor e compositor Gonzaguinha, educadoras e educadores seguiram do Centro de Educação da UFPE para as margens do “Laguinho da UFPE”, local onde está afixada a estátua de Paulo Freire. O som do maracatu da Batucada do Sintepe também deu o ritmo da caminhada.
“Um anúncio do legado de Paulo Freire. Mas também um ato de denúncia. É íntima a relação da educação e da política. Você faz política ao defender direitos. Estamos nós fazendo educação, na defesa dos interesses das categorias e dos estudantes. Queremos fazer a denúncia que reafirma a condição de sujeitos que nós, professores e trabalhadores em educação, temos, no contexto social. O Governo de Raquel Lyra divulga no estado inteiro que está ouvindo a população, mas se nós somos sujeitos políticos, nós teríamos que ser ouvidos e participar das definições da política educacional do Estado”, analisou Ivete Caetano, presidenta do Sintepe.
A atividade homenageou o professor Carlos Rodrigues Brandão, falecido no último dia 11 de julho. Brandão é um conhecido educador e antropólogo, amigo de Paulo Freire que desenvolveu uma extensa obra acadêmica no campo da educação popular.
Participaram do ato diversos diretores e diretoras do Sintepe, além de representantes setoriais e membros de núcleos regionais. A CUT-PE foi representada pelo seu presidente, o professor Paulo Rocha. O evento também contou com a presença da senadora Teresa Leitão.