O Sintepe participou do Encontro Nacional sobre Violência no Ambiente Escolar que aconteceu na manhã de quinta (15) no Auditório da Assembleia Legislativa. A reunião discutiu o enfrentamento à violência nas escolas. Representaram o Sintepe a presidenta Ivete Caetano e o vice-presidente Ronildo Oliveira.
O evento foi organizado pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Unale e pela Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco.
A presidente do Sintepe, Ivete Caetano, alertou sobre a importância da articulação política com todos os entes federados para combater a violência nas escolas. “É preciso ouvir aqueles que estão na sala de aula, pois sem nós, não haverá transformação. Podemos pensar nas melhores políticas, mas elas não serão eficazes se não considerarmos as situações vivenciadas por professores e estudantes. É importante que essa articulação alcance o ambiente escolar e dialogue com essas pessoas”, disse.
Ivete também alertou sobre a “naturalização” da violência. “Temos conhecimento de casos em que professores sofrem homofobia e a solução encontrada pelo gestor é simplesmente transferir o professor para outra escola, porque o aluno ou o pai do aluno o agrediu devido à sua orientação sexual. Portanto, é fundamental que o problema chegue aos profissionais que estão na sala de aula, para que não seja ignorado”, concluiu.
Violência nas Escolas
O Brasil já é o segundo país em ataques contra escolas, atrás apenas dos Estados Unidos. Do primeiro caso, em 2002, na Bahia, até abril deste ano, em Santa Catarina, foram 30 episódios e 36 mortos, entre estudantes, funcionários e atiradores que cometeram suicídio.
Os dados foram apresentados por Telma Vinha, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para ela, a segurança pública é fundamental, mas do lado de fora do muro.
O levantamento também revelou como crianças e jovens são cooptados no ambiente virtual, por meios que incluem comunidades de jogos. Elas buscam reconhecimento e espaços de escuta, ainda que dentro de uma subcultura extremista. Compartilham ódios em comum e acreditam em verdades que ninguém mais consegue enxergar.