Dia Internacional das Mulheres na sala de aula

Com intuito de contribuir para o trabalho das companheiras e companheiros em sala de aula ao tratar do tema “8 de março, Dia Internacional das Mulheres”, o Sintepe faz uma seleção de materiais que podem servir de apoio didático para atividades em sala de aula ou debates.

Valorizando a luta e as pautas das mulheres brasileiras, fizemos a seguinte seleção:

– A indicação de um importante livro para o acúmulo teórico acerca do tema;

– O perfil de mulheres lutadoras do século XX e XXI;

– A série de vídeos “Igualdade de Oportunidades na Vida, no Trabalho e no Movimento Sindical”, produzidos pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e disponíveis no Youtube!

Aproveite!

Para seus/suas estudantes saberem mais sobre a luta das mulheres, confira aqui:

LIVRO

Indicamos a leitura do livro As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres, de Ana Isabel Álvarez González. Editora Expressão Popular. São Paulo. 2010. O livro pode ser comprado no site da Expressão Popular.

Conheça a vida de lutadoras que estiveram e estão na luta por democracia, igualdade de direitos, contra a violência e melhores condições de trabalho para todas as mulheres:

Erica Malunguinho

Primeira deputada estadual transgênera de São Paulo. Natural de Recife, Pernambuco, Mestra em Estética e História da Arte pela USP. Atua também na capacitação de educadoras/es das redes públicas e privadas.

SAIBA MAIS SOBRE ERICA MALUNGUINHO

Soledad Barrett

Nasceu no Paraguai, era bailarina folclórica. Foi sequestrada aos 17 anos por um grupo de neonazistas, forçada a exaltar Hitler e renegar a Revolução Cubana, ao se negar, teve sua pele marcada pelo símbolo nazista. Conhece seu marido e pai de sua filha em Cuba, José Maria Ferreira era militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Ele retorna ao Brasil, mas é assassinado no DOI/CODI – SP. No Uruguai, Soledad se une para a reorganização do VPR, para lutar contra a ditadura civil e militar no Brasil. A escolha do local, influenciada pelo infiltrado Cabo Anselmo, foi em Pernambuco. Soledad e Daniel (Cabo Anselmo) começam a se envolver e ele arma uma emboscada na Granja São Bento, para executar Soledad, na época grávida do Cabo Anselmo, e mais 5 militantes.

SAIBA MAIS SOBRE SOLEDAD BARRETT

Marielle Franco

Nascida na favela da Maré/ RJ, estudou Sociologia e mestrado em Administração Pública. Foi mãe, mulher lésbica e companheira de Mônica Benício. Eleita vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, foi assassinada brutalmente.

SAIBA MAIS SOBRE MARIELLE FRANCO

Margarida Alves

Mulher nordestina, camponesa, nascida em Alagoa Grande, na Paraíba. Foi umas das primeiras sindicalistas e lutava contra os latifundiários. Durante sua gestão no sindicato, criou um programa de alfabetização para as/os trabalhadoras/es rurais, baseado nos ensinamentos de Paulo Freire. Foi assassinada brutalmente por matadores de aluguel contratados pelos latifundiários.

SAIBA MAIS SOBRE MARGARIDA ALVES

Antonieta de Barros

Nascida em Florianópolis, sua família foi muito pobre, após a morte de seu pai sua mãe sustentou a família lavando roupas. Foi a primeira a ter o ciclo completo educacional, fundando um curso particular de alfabetização. Atuou ainda como escritora, jornalista e a primeira deputada estadual negra. Foi a autora da lei que instituiu o dia da/o professor/a e o feriado escolar.

SAIBA MAIS SOBRE ANTONIETA DE BARROS

Lélia Gonzalez

Nascida em Minas Gerais, filha de pai ferroviário e mãe indígena. Mudou-se para o Rio de Janeiro, trabalhou como babá e posteriormente se graduou em História e Filosofia, atuando como professora da rede pública. Foi mestra em Comunicação Social e doutora em Antropologia política/social, em SP. Atuou como professora de Cultura Brasileira na PUC/RJ. Foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU). Filiou-se ao PT e se candidatou a Câmara Federal, conquistando a suplência. Posteriormente, pelo PDT se candidatou a deputada estadual, conquistando também a suplência. Criou o conceito de amefricanidade, após estudar as/os “negros/as da diáspora”.

SAIBA MAIS SOBRE LEILA GONZALEZ

Conheça a Campanha da CUT “Igualdade de Oportunidades na Vida, no Trabalho e no Movimento Sindical”

A campanha “Igualdade de Oportunidades na Vida, no Trabalho e no Movimento Sindical” tem como objetivo debater as diversas desigualdades enfrentadas pelas mulheres e sensibilizar a sociedade para a importância da sua superação.

“As desigualdades geram e potencializam as violências, a fome, a miséria e a exclusão que têm no machismo sua principal sustentação”, explica a secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista. “Para superá-lo, é necessário desenvolver políticas voltadas à eliminação de todas as barreiras que tiram das mulheres o direito ao exercício da plena cidadania“, complementa.

A campanha ressaltou o direito da mulher de estar em todos os espaços da vida, em condições de igualdade, sem discriminação “Trabalho Igual, Salário de Igual Valor!!”, diz slogan.

Foram produzidos vídeos sobre cada um dos problemas vividos pelas mulheres na vida e no trabalho.

Os vídeos trazem alguns elementos para reflexão e podem ser usados nos processos de sensibilização e de formação.