Professores municipais de Pesqueira em greve
Já dura 11 dias a greve dos professores da rede municipal de ensino da cidade de Pesqueira, a 214 km de Recife. A categoria, que reivindica melhores salários e aprovação na Câmara do Plano de Cargos e Carreiras, já realizou vários protestos, na tentativa de negociar com a Prefeitura, mas não houve avanços.
Desde o ano passado a classe vem lutando incansavelmente para que os 415 professores da região recebam efetivamente o Piso Salarial de R$ 950, que não vem sendo cumprido desde Janeiro de 2009. Hoje, um docente do município recebe o equivalente a R$ 565,50.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Pesqueira (Sismup), Francisco Carlos, a mobilização vai continuar. “Precisamos estar unidos nesta luta para chegar a um acordo que nos traga benefícios”, disse.
Na última segunda-feira (24), foi realizada a última reunião de negociação. Uma comissão formada por sete professores foi chamada para conversar com o Secretário de governo municipal, Evaldo Rosa, e a Secretária de Educação, Abigail Vieira. Ambos propuseram analisar as reivindicações da categoria junto à prefeita, Cleide Oliveira, que não estava ausente. O secretário ainda pediu que a greve fosse encerrada alegando que, em um prazo de 15 dias, uma nova resposta sobre as negociações seria dada aos tarbalhadores.
Segundo a participante da comissão de negociação dos professores, Rosemere Leite, a Prefeita está tratando a categoria com muito descaso. “Na verdade, eles não estão dispostos a negociar. Eles só querem impor de uma forma ou de outra a decisão deles”, destacou.
Ela ainda completou: “Eles sempre pedem um prazo para nos dar respostas positivas que nunca chegam. Já estamos desiludidos, e só iremos parar com a greve quando alguma medida for tomada”.
Por enquanto, a única medida tomada pela prefeitura foi divulgar através de carros de som, erroneamente, que a paralisação terminou e que os alunos podem voltar às suas escolas. Quanto a isso Rosemere garante: “só acabaremos a greve quando formos ouvidos”.
Informações de Rebeka Nascimento
Assessoria de Imprensa da CUT – PE
