O Sintepe exibiu o filme Pureza, do diretor Renato Barbieri, que foi lançado em maio deste ano nas salas de cinema de todo o Brasil. O longa conta a história de Pureza, uma mulher que denuncia o trabalho escravo, mobilizando entidades como a Pastoral da Terra e indo a Brasília pressionar o poder público.
Pureza Lopes Loyola, natural da cidade de Bacabal, do Maranhão, em 1993, sai em busca do filho após ele desaparecer em um garimpo na cidade de Itaituba-PA, assim ela vaga de fazenda em fazenda e em sua busca, acaba encontrando um sistema de aliciamento e cárcere de trabalhadores rurais. Ela se emprega numa fazenda, onde testemunha o tratamento brutal de trabalhadores e o desmatamento da floresta. Escapa e denuncia os fatos às autoridades federais. Sem credibilidade e lutando contra um sistema forte e perverso, ela retorna à floresta para registrar provas.
Por vídeo, o diretor Renato Barbieri mandou um recado felicitando os trabalhadores e trabalhadoras de Educação e convocando todos para assistir ao longa. “É uma honra poder participar com o ‘Pureza’ da 15ª Conferência Estadual de Educação do Sintepe, a quem saúdo a todos e todas. Quero agradecer a direção do Sintepe, da CNTE e da CUT por convidarem Pureza a participar desta Conferência”.
Barbieri falou sobre a escravidão retratada no filme e que infelizmente ainda acontece no país. “O Brasil, nestes cinco séculos não teve um dia sequer como nação livre. Pelo contrário, sempre tivemos cativos e cativas vítimas da secular mentalidade escravagista neste país”.
A presidenta do Sintepe, Ivete Caetano, comentou o filme. “O trabalho escravo é uma chaga no Brasil e no mundo. O filme tem uma sensibilidade incrível, dolorosa. A atuação de Dira Paes torna tudo mais emocionante”, comentou.
Aplaudido, o filme emocionou os presentes e deixou o legado de Dona Pureza para todos que querer e precisam perseverar para a conquista dos direitos individuais e coletivos que são necessários lutar para garantir uma sociedade mais igualitária.