O Sintepe esteve nas ruas do centro do Recife ontem (11) para participar dos atos políticos em favor da democracia, contra a tentativa de golpe e do respeito aos resultados eleitorais. Desde a leitura da Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado de Direito até o ato da educação que saiu de frente do Ginásio Pernambucano, estivemos sempre na luta!
No dia em que o Brasil testemunha uma das mais importantes ações da história em defesa da democracia – a leitura da Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado de Direito – a classe trabalhadora representada pela CUT, sindicatos,movimentos sociais, partidos políticos, movimento estudantil, foi às ruas em diversas cidades do país para reforçar o coro contra as ameaças de ruptura institucional praticadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Os atos deste 11 de agosto foram uma resposta clara ao presidente de que a democracia é inegociável e qualquer ato autoritário será rechaçado. A sociedade não aceita golpe e exige eleições livres, sem ataques ao sistema eleitoral brasileiro, absolutamente confiável para mais de 70% da população.
Nas várias cidades, placas estampavam “Bolsonaro sai, democracia fica” indicando ao presidente que o resultado das urnas eletrônicas deve acima de tudo ser respeitado.
Ninguém acima do povo, democracia acima de tudo.
Na capital pernambucana, os movimentos populares o sindical levaram cerca de 5 mil manifestantes em frente pelas ruas do centro, saindo da Rua da Aurora, passando pela Rua do Hospício, Conde da Boa Vista e terminando na Avenida Guararapes.
A diretora do Sintepe, Marília Cibelli, lembrou do projeto de destruição do ensino público, criticando a “reforma do ensino público” iniciada no governo de Michel Temer e que teve continuidade no atual governo de Bolsonaro. “A reforma do novo ensino médio tenta precarizar o ensino, principalmente o ensino público. O objetivo é afetar as camadas da população que mais necessitam de uma escola pública, gratuita, inclusiva e de qualidade. Queremos uma educação pública oferecida com qualidade em todas as suas modalidades, deste a EJA. Estamos sofrendo com a falta de investimentos e, se o ensino médio vive um desmonte, a educação infantil também passa por esse ataque. Nestas eleições, precisamos eleger a bancada da educação. Chega de bancada da bala”, concluiu Marília.
“Estamos hoje com atos em vários lugares do Brasil para combatermos o novo golpe que querem nos impor. É inadmissível a conjuntura que vivemos – 33 milhões passando fome, a carestia que assola o país, pessoas morando nas ruas. Sabemos de quem essa responsabilidade. É de todas as reformas implementadas nesse país”, disse a dirigente ao fazer um ‘diagnóstico’ da atualidade brasileira.
Em São Paulo (SP), a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, destacou no ato da Paulista que os presentes no local são aqueles e aquelas que amam o Brasil. Ela lembrou que a UNE faz 80 anos e que são 80 anos de luta contra o fascismo e a ditadura militar e em defesa da democratização.
“Hoje essa geração de estudantes do Brasil se encontra nas ruas do país para dizer que com o estado democrático de direito não se mexe; não se mexe para com o nosso direito de estudar. Defender a democracia significa garantir que uma mãe brasileira tem o direito de garantir as três refeições diárias do seu filho, e enquanto a gente não tiver emprego, o nosso diploma na mão e a fome assolar mais de 33 milhões de brasileiros e brasileiras, a democracia estará sendo atacada”, afirmou.