Com o Sintepe presente, no último dia da II Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) 2022, neste domingo (17), na capital do Rio Grande do Norte (Natal), trabalhadoras e trabalhadores de todo país aprovam a Carta de Natal.
O documento registra o compromisso coletivo em defesa da educação pública de qualidade, laica, democrática e inclusiva para todas, todos e todes. A atividade, que aconteceu pela manhã, foi referenciada em plenário como “Conape da esperança”.
A Conape 2022 contou com efetiva participação do Sintepe, desde as conferências municipais, regionais e estadual, até na formação de uma das maiores delegações presentes. O Sintepe esteve com cerca de 95 delegados e delegadas presentes, dentre os quais, os professores Cecília Gomes e Jefferson Costa, intérpretes de libras que representaram a Educação Inclusiva na conferência.
A secretária de Assuntos Educacionais do Sintepe, Marília Cibelli, falou sobre a importância de ter participado da Conape 2022. “Esse processo de construção foi super importante porque resultou no documento de referência para as políticas educacionais do nosso país e norteará as nossas lutas por elas. Vamos reconstruir o Brasil com educação e democracia”.
A Carta, como diz o presidente em exercício da CNTE, Roberto Leão, é um resumo do Documento final da etapa nacional da Conape (que serão divulgados em breve) no qual aponta as reivindicações do ramo da educação e as pautas do movimento rumo à reconstrução do país.
“Para isso propomos uma plataforma em defesa do Estado democrático de direito, em defesa das instituições republicanas, da vida e da soberania popular, dos direitos sociais e da educação, que mobilize ainda mais o amplo setor da sociedade”, diz trecho da Carta ao citar as principais pautas das entidades que compõem o FNPE e que assinam o compromisso.
Confira as fotos da delegação do Sintepe na Conape 2022:
FOTO – ÁLBUM 01
FOTO – ÁLBUM 02
Dos delegados e delegadas participantes, 10 apresentaram trabalhos científicos para os presentes, todos relacionados à luta sindical, à democracia e à luta do setor educacional brasileiro.
Apresentaram trabalhos Cíntia Sales, Ivete Caetano, Julliana Tenório, Marília Cibelli, Magna Katariny, Maria José (Li), Jerônimo Adelino, Séphora Freitas, Yara Manolaque e Yanna da Rocha.
Algumas das bandeiras de lutas das trabalhadoras e trabalhadores da educação: A revogação da Emenda Constitucional 95 de 2016, que limita investimentos da saúde e educação, e demais medidas e renuncia fiscal que fragilizem as políticas sociais, retomada de investimento na educação pública e nas áreas sociais, fim do congelamento dos recursos primários associados ao poder executivo, revogação do ensino médio, entre outras.
“A Conape é resultado de um esforço solidário, que mostra que nós somos capazes de nos organizarmos e fazermos tudo que for necessário. A Conape está na disputa da educação pública deste país. Tenho certeza de que cada um e cada uma daqui sai fortalecido para as próximas lutas”, disse o presidente interino da CNTE, Roberto Leão.
Participação internacional
Yamile Socolovsky, secretária de Relações Internacionais da Federação Nacional dos Docentes Universitários (CONADU), Combertty Rodriguez, coordenador Regional Principal da Internacional da Educação na América Latina e Eduardo Pereyra, secretário de Relações Internacionais da Central de Trabalhadores da Educação da República Argentina– CTERA, Argentina, falaram no encerramento sobre a importância da Conape e do Brasil para as trabalhadoras e os trabalhadores da educação para América Latina.